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Showing posts from April, 2009

a place where no one knows what we have done

Imagine um lugar que não tem memória, que não te conhece e não sabe das coisas que você já fez, viu e incentivou. Porque aqui, as paredes, as janelas, as ruas e os postes viram você e sabem das coisas. E quando você olha pra eles, você sabe o que eles estão pensando. Então imagine esse lugar que não conhece seus podres, seus defeitos, seus erros. Não viu seus pt's, não presenciou seus momentos de imprecisão, seus momentos precipitados que acabaram na tão conhecida merda. Este lugar não vê suas cicatrizes, não sabe o quanto você já apanhou da vida. E o quanto ainda apanha. Um lugar livre de dores, arrependimentos e tempestades. Um lugar sem história, enfim. Um lugar chato pra cacete.

cold hands

E eu não entendo o propósito do sofrimento que me consome agora. Nada justifica essa agonia. Nada. A cura está há poucos passos. Eu sei o que fazer para mudar tudo e não adianta me negar. A cura está logo ali. Mas tem algo que me prende, algo que não me deixa sair do lugar. Eu amo as pessoas de um jeito só meu. Esse amor me torna incapaz de abandonar uma situação. Se eu comecei isso sabendo do que viria pela frente, não posso largar tudo agora. Eu tenho que agüentar a dor dos meus atos. As conseqüências. [E sim, eu continuo usando trema. Nova ortografia de cu é rola.] É, tá difícil... tá difícil suportar esse ar condicionado da sala de pcs da Cásper. E era só eu sair da sala, mas não vou deixar Josi e Thata falando sozinhas, né? Por que eu sentei aqui, bem debaixo do ar? What comes around, goes around.

e quando for à Lua...

Leve bagagem. Sem bagagem na Lua você vai se perder, capaz de nunca mais se achar. Por isso não pode ir criança pra Lua. Crianças não têm força pra carregar tanta bagagem. Vá acompanhado. Ir à Lua sozinho é suicídio, além de não ter a menor graça. Qual é o barato de ver o mundo lá de cima, com toda aquela leveza que te faz flutuar, se você não tem alguém que você ama do lado? Não esqueça a água e a comida. Dá uma seeeede.... e uma fooooome! Não é qualquer viagenzinha pra Serra Negra não, viu! A Lua é lá no alto. E, principalmente, não passe da Lua. Saturno já é longe demais.

tuim!

Esse foi diferente, é sério! Parecia catuaba com tequila! Eu vi até luzes piscando na calçada! Meu, que mundo doido! Eu vou morrer e não vi tudo...

não me venha falar da malícia de toda mulher

Eu conheço ela há 21 anos e sei exatamente o que se passa em sua cabecinha. Sei o que ela sente e sei o que vai sentir no futuro. Dificilmente erro. Ela é previsível. Mas ela escolheu um lifestyle meio diferente. Ela pensa de um jeito contrário à maioria. Diz que os homens são todos delícias que se deve apreciar. Põe essa banca hoje em dia mas, assim como quase tudo que ela faz, há um bom e doído motivo para tal. Ela não dá um pontinho sem nó. Acredite. Ela gosta do cabelo dela preso mesmo. Ela gosta de usar havaianas mesmo. Ela gosta de roupas confortáveis mesmo. Ela fala na terceira pessoa mesmo. Ela troca aula por tudo mesmo. Ela pouco se importa com a situação do Itaú mesmo. Ela diz que não é amor até que doa. E que não é dor até que vire post. Mas é assim mesmo... Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.

que fase!

Quando as coisas estão dando certo, seu trabalho cansa mas é legal, sua família pentelha mas você ama, seus amigos são os mais fodas do mundo e você se diverte cada dia mais, você tem que parar e falar: - Valeu Mano! :)

the silver lining

Platão mandou uma muito boa, aquela do 'mito da caverna'. A história é de escravos que desde que nasceram foram acorrentados no fundo de uma caverna e lá viveram a vida toda. Aí eles só viam sombras das pessoas que passavam lá fora, contra a luz do sol que entrava na caverna. Pra eles, aqueles eram os seres que existiam, os vultos. Um dia, um dos escravos, liso que era, fugiu. Foi lá fora e tal. Viu o mundo. Achou foda. Voltou pra contar pros amiguinhos as maravilhas lá de fora. - Galera, chega aí que lá fora é muito louco! Tem rios, lhamas, lasanha... - Tá tirando a gente de otário? AQUI É TIMÃO PORRA! E os caras mataram ele. Tipo, né? Corinthians. Fim. É de se pensar né? O mundo talvez não seja só isso que a gente vê. Cito ainda o mais foda dos filósofos, MC Shake, que dizia que existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia. E, por fim, cito Visa, que diz go.

for free

A lei do universo é que toda ação tem uma reação de igual força e sentido contrário. Ou algo assim, né? Mas o que o legislativo da galáxia não sabe é que existem coisas que são de geração espontânea. São as famosas coisas de graça. Você olha pro cara e antes que ele respire ou pisque, você já não gosta dele. Ou então, em uma situação pacífica e pacata, você vai e manda o comentário mais impestuoso do mundo. Assim, de graça. Claro que nem tudo que é gratuito é ruim, né? Você pode amar alguém de graça também. Alguém que nunca te deu um bom dia diferente dos outros, mas você gosta. Um presente, um elogio, uma declaração, numa quarta-feira. As gratuidades da vida são o quesito surpresa. Bons e ruins. Igualmente fortes, mas em sentidos contrários. Pegou? Pegou?

vale mais que dinheiro

Das mais diversas vertentes da compreensão nasce a discórdia. Não é fácil entender o que não se pode ver. Let alone feel. Tem coisa que precisa desenhar. E quem é que consegue desenhar essas coisas? Por isso eu acho que o silêncio, o bom e velho silêncio, é a melhor resposta para algumas questões que surgem no ar. Se não dá pra explicar, não explique. É difícil nadar contra as opiniões das fontes que a gente mais confia. Mas já diria o sábio Alvo Dumbledore que é preciso muita coragem para enfrentar seus inimigos, e mais coragem ainda para enfrentar seus próprios amigos. E nessas horas a gente vê que nem toda opinião muda. Os fins justificam os meios. Acredite. Se você discorda, agradeça. Eu agradeço todos os dias por haver ainda inocências, corações e narizes intocados pela vida. E é assim mesmo, sabe... Manda quem pode. Obedeçe quem tem juízo.

A Carência

As pessoas são carentes. Sempre foram, sempre serão. É de natureza humana essa nossa carência. E não, não é fruto de uma desumanização da comunicação através dos frios meios onlines. A gente é historicamente carente. Ou você acha que Napoleão queria dominar o mundo com toda aquela baixeza por que? Nero meteu fogo em Roma pra que se não chamar atenção? O homenzinho das cavernas fazia deseinhos pra ter com quem prosear! A gente é carente, a gente precisa falar, a gente quer ser ouvido. Por isso eu acho que um cara coloca fotos no flickr. Pra que elogiem ele. E ele gosta de elogiar os outros, porque a reciprocidade existe. Por isso eu acho que é na tecla 'carência' que a gente tem que bater na campanha. Por isso eu acho que o TCC tá pronto. Por isso eu me acho foda. Hahaha!

volátil

Eu mudo de idéia. E acho isso tão bom que eu deveria colocar no meu currículo. Claro que aí as pessoas iam achar que eu sou uma mocinha que vai trabalhar e, no meio do caminho, muda de idéia e resolve ir pescar. Porque as pessoas tendem a ser downers. Mas na verdade, mudar de idéia é um ato de extrema sabedoria. Um dia você acha que cheddar é o melhor. Mas aí alguém te dá bons argumentos e você enxerga que, na verdade, o quarteirão é o melhor. É assumir o erro e viver uma vida de alegrias com seu quarteirão. E assim a gente descobre um monte de coisas, entendendo que o mundo não é só isso. Tem muito mais.

twentysomething

Dizem que a adolescência é a fase de transição entre a infância e a fase adulta. Discordo. Adolescentes são crianças ainda. A transição é durante os vinte e poucos. Eu tenho 21 e pago minhas contas, mas adoro assistir desenho animado. Tenho dois empregos mas amo harry potter. Sou uma quase publicitária mas minha mãe briga comigo quando eu não arrumo a cama. Eu viajei sozinha por aí mas continuo roendo unha. Limpo a casa e passo roupa mas meu caderno é da mansão foster para amigos imaginários . Conquistei um monte de coisas nessa vida. Me considero encaminhada. Tenho planos, tenho amigos, tenho dinheiro [meu pai é sabidamente zilhonário,né?]. Mas um dia uma amiga perguntou: onde você vai estar daqui dez anos? Aí fudeu. Eu provavelmente estarei em algum lugar bizarro, fazendo alguma coisa inimaginável com pessoas malucas. Ou eu vou ser bombeira. Ou bailarina.

de perto ninguém é normal

Das muitas coisas que me fascinam no universo, o ser humano é a mais legal delas. As pessoas nunca são o que parecem ser. Essa premissa aguça minha curiosidade e meu instinto maternal. A curiosidade se dá naqueles casos em que a pessoa parece pacata, mas não é. Parece doida, mas não é. Parece feliz, mas não é. E o instinto maternal vem quando, por alguma razão, óbvia ou não, alguém grita socorro com o olhar. Nossa, que poético foi isso. Enfim, nesses casos eu tenho vontade de fazer qualquer coisa para ajudar. E às vezes, ajudar quer dizer oferecer um gole de coca. Às vezes, quer dizer ouvir. Mas todo mundo tem história. Todo mundo passa perrengue. Todo mundo já fez alguma coisa absurda e você nem imagina. Legal né?

santa might as well exist

Eu podia jurar que não aconteceu, que era tudo fruto de uma mente conturbada e drogada. A perfeição, os detalhes, o fim. A falta de rastros. A provavél inexistência... Mas e a música? A música. Existe.

a arte desnecessária de enrolar

A enrolação, apesar de ser uma arte extremamente difundida, é assaz desnecessária. Enrolar piora as coisas antes de uma notícia ruim. Enrolar demais pode encher o saco antes de uma notícia boa, fazendo com que ela perca um pouco da magia. Enrolar alguém é prolongar um ou dois sofrimentos. Enrolar a mãe é feio. Enrolar um baseado faz bem mal. Enrolar no trabalho é a pior das enrolações. Não só para os chefes, que se vêem pagando para pessoas jogarem sudoku, mas principalmente para estes jovens talentos, que têm a mente tão cheia de idéias brilhantes que, depois de duas horas, surtam. E têm que jogar sudoku pra parecer que estão trabalhando. Coisa de gênio. Sudoku é ótimo. Pede aquela cara séria, de concentração. Mahjong eu também recomendo. Não que eu enrole né? Mas já podia estar na Barra Funda faz tempo...

A Kinha e o Fê

A Kinha eu conheci no cursão. A gente, já naquela época de oitava série, trocava idéias das mais absurdas. Eu sempre gostei da inteligência e criatividade da kinha. Ela é do tipo que pergunta de que cor você acha que essa música é? Mesmo que, até onde eu sei, nem beber ela bebe. Ela é uma das minhas amigas que eu tenho certeza que serão famosas um dia. Ela é foda. Já o Fê foi meu companheiro de desabafos por três anos. Ele ficava impressionado com a minha pervisse da época de colégio. Ele ria comigo de tudo. Mas principalmente, instimulava a glândula que produz veneno de uma forma que era quase impossível falar com ele por 5 minutos sem falar mal de alguém. Uma delícia. E hoje [já que eu não durmi ainda, dia 5] é aniversário dos dois! Os dois que eu amo e morro de saudade. Os dois que eu desejo toda a felicidade que há no mundo e redondezas. Parabéns Kinha! Parabéns Fê!

Mamãe fumou!

Eu conheço: Juliana Alessandra Tharcus Eduardo Samara Thays Thais Renata Alexandre Guilherme Anselmo Guilherme Mauro Rogério Ubirajara Luciano Alexandre Sadan Danyelle Regina Gilson Eduardo Paula Regina Regina Helena Antônio Fabiano Angelo Carlos E dizem que a juventude de hoje é drogada né? :)

chego a mudar de calçada...

Olhar a vida de outro ângulo é uma daquelas coisas bonitas, de efeito, que a publicidade sabe explorar muito bem. Tá na hora de você rever seus conceitos. Engraçado como isso é uma das coisas mais difíceis de se convencer alguém a fazer. É difícil convencer um corinthiano que o time dele é uma bosta, mas é impossível convencer sua mãe que virar hippie é uma opção. Ok, Brasil, eu sou a rainha da hipérbole. Mas tente mostrar um ponto de vista para alguém que pensa justamente o contrário e me diga. Tem coisas que só um trauma faz por você. [nada a ver com april's fool!]