getting old
Digamos que o mundo não acabe. Digamos que o meu avião não caia, meu carro não bata, meu coração funcione legal, que um indío tapajó não me acerte com uma zarabatana envenenada, que eu não vire mulher-bomba, que eu não pegue aids e, enfim, que eu não morra. Cedo. Aí eu vou ficar velhinha. E quero ser aquela velhinha ideal. Sim, aquela que viaja pra todo canto com o marido e os amigos, que dança em tudo que é bailinho, que fala palavrão e conta piada, que suborna os netos. Fim.