O Divã [parte II]
- Vejo que você voltou.
- Pois é.
- Perdeu outra aopsta? [¬¬]
- Hum... não, não exatamente.
- Suas intenções são sérias dessa vez?
- É... são...
- Acontece muito isso, sabe?
- Isso o quê?
- A pessoa chega, tem vergonha de falar sobre seus problemas, vergonha de assumir seus problemas e fica fechada. Chegam até a inventar que perderam uma aposta e por isso vieram.
- Jura? [¬¬]
- Enfim... por que veio?
- Estou com problemas.
- Que tipo de problemas?
- Problemas em assumir que tenho problemas. [trumtumpishhh!]
- Que tipo de problemas?
- Ah! A vida...
- Prossiga.
- Perdi 2 quilos, perdi tempo, perdi aulas, perdi várias chances de ficar quieta. Perdi o moral, perdi a auto-estima, perdi a hiperatividade e perdi outras coisas importantes também...
- Estes são seus problemas?
- São.
- Vamos falar de um por um, então. Perdeu 2 quilos porque perdeu a fome?
- Que nada! Eu como feito um urso antes do inverno. Acho que eu tenho é trabalhado demais... cansa, emagrece.
- Isso é bom.
- É, é bom.
- Então não é um problema.
- Não exatamente, mas se encaixa na lista de coisas que eu perdi.
- E há aquele sentimento de perda?
- Pois é! Eu tinha aqueles 2 quilos desde uns 15 anos de idade. Mas eu supero isso...
- Coma chocolate.
- É, como quem perde o namorado.
- Perdeu tempo? Como?
- Indo atrás de coisas que nunca valeram a pena, pensando em coisas que não valem a pena.
- Namorados?
- A falta de um.
- Entendo... esse é o tipo de coisa que requer a menor preocupação possível. O amor acontece sem ser planejado.
- Feito um filho bastardo.
- Exatamente. E por que anda perdendo aulas?
- Porque me disseram que os professores da faculdade não ligam para atrasos. E eu acreditei.
- Chegue cedo.
- Ok.
- E as chances de ficar quieta?
- Eu falo demais. Desnecessário. Aí dá briga e tudo mais...
- Pensou em se desculpar?
- Jamais.
- Vai ficar brigada pra sempre?
- Não, vou falar menos o que penso e mais o que devo.
- Faça-o com delicadeza.
- Sempre.
- O moral?
- Ninguém acredita em mim!!!
- E pra quê você precisa que acreditem? Se você diz a verdade e a verdade existe, eles verão.
- Tem razão.
- Eu sei. Auto-estima?
- A falta de tempo e o cansaço me impedem de me preocupar com aparência e tudo mais... aí eu fico feia.
- Não, não fica.
- Hum...
- Você era hiperativa?
- Era. Eu gostava de ser... mas agora eu num tenho tempo de pular, gritar e dar risada. E quando tenho, eu prefiro ficar quietinha e descansar.
- A maturidade vem com a seriedade. Você tem que aprender a ser hiperativamente séria.
- É difícil.
- Vai treinando.
- Ok.
- E que coisas importantes você perdeu?
- As chaves.
- ...
- Da última vez que vim aqui.
- Pois é.
- Perdeu outra aopsta? [¬¬]
- Hum... não, não exatamente.
- Suas intenções são sérias dessa vez?
- É... são...
- Acontece muito isso, sabe?
- Isso o quê?
- A pessoa chega, tem vergonha de falar sobre seus problemas, vergonha de assumir seus problemas e fica fechada. Chegam até a inventar que perderam uma aposta e por isso vieram.
- Jura? [¬¬]
- Enfim... por que veio?
- Estou com problemas.
- Que tipo de problemas?
- Problemas em assumir que tenho problemas. [trumtumpishhh!]
- Que tipo de problemas?
- Ah! A vida...
- Prossiga.
- Perdi 2 quilos, perdi tempo, perdi aulas, perdi várias chances de ficar quieta. Perdi o moral, perdi a auto-estima, perdi a hiperatividade e perdi outras coisas importantes também...
- Estes são seus problemas?
- São.
- Vamos falar de um por um, então. Perdeu 2 quilos porque perdeu a fome?
- Que nada! Eu como feito um urso antes do inverno. Acho que eu tenho é trabalhado demais... cansa, emagrece.
- Isso é bom.
- É, é bom.
- Então não é um problema.
- Não exatamente, mas se encaixa na lista de coisas que eu perdi.
- E há aquele sentimento de perda?
- Pois é! Eu tinha aqueles 2 quilos desde uns 15 anos de idade. Mas eu supero isso...
- Coma chocolate.
- É, como quem perde o namorado.
- Perdeu tempo? Como?
- Indo atrás de coisas que nunca valeram a pena, pensando em coisas que não valem a pena.
- Namorados?
- A falta de um.
- Entendo... esse é o tipo de coisa que requer a menor preocupação possível. O amor acontece sem ser planejado.
- Feito um filho bastardo.
- Exatamente. E por que anda perdendo aulas?
- Porque me disseram que os professores da faculdade não ligam para atrasos. E eu acreditei.
- Chegue cedo.
- Ok.
- E as chances de ficar quieta?
- Eu falo demais. Desnecessário. Aí dá briga e tudo mais...
- Pensou em se desculpar?
- Jamais.
- Vai ficar brigada pra sempre?
- Não, vou falar menos o que penso e mais o que devo.
- Faça-o com delicadeza.
- Sempre.
- O moral?
- Ninguém acredita em mim!!!
- E pra quê você precisa que acreditem? Se você diz a verdade e a verdade existe, eles verão.
- Tem razão.
- Eu sei. Auto-estima?
- A falta de tempo e o cansaço me impedem de me preocupar com aparência e tudo mais... aí eu fico feia.
- Não, não fica.
- Hum...
- Você era hiperativa?
- Era. Eu gostava de ser... mas agora eu num tenho tempo de pular, gritar e dar risada. E quando tenho, eu prefiro ficar quietinha e descansar.
- A maturidade vem com a seriedade. Você tem que aprender a ser hiperativamente séria.
- É difícil.
- Vai treinando.
- Ok.
- E que coisas importantes você perdeu?
- As chaves.
- ...
- Da última vez que vim aqui.