filha de Rainha...
Eu fico encantada com o Josias, que morou a vida inteira no interior do Espírito Santo, descrevendo como foi a primeira vez que ele, já adulto, viu o mar. Ele descreve como sendo uma sensação de tirar o fôlego, inacreditável. E deve ser mesmo, eu só imagino.
Isso porque eu tive a graça de passar boa parte da minha infância (nas férias, pelo menos) em Ubatuba. Se eu disser pra vocês que lembro de cenas de quando eu tinha uns 4 ou 5 anos na praia do félix, vocês acreditam? Mas é sério. Eu lembro que eu só gostava de usar maiô e eu posso desenhar pra vocês as estampas dos meus maiôs favoritos. E lembro que eu adorava correr pra água e depois rolar na areia e depois correr pra água de novo. Pegava onda de bodyboard como se eu fosse gente grande e como se as ondas fossem grandes também. Das ondas eu também sempre gostei. Quanto maiores, mais legal. Quanto mais ralada eu voltava pra casa, mais feliz eu estaria. Ainda é assim.
Por incrível coincidência, papai é instrutor de mergulho - esporte que eu portanto pratico desde os 11 aninhos de idade. E aí você imagina que se visto de cima ele é lindo, imagine vendo de dentro, num é? Então.
Eu nunca queria sair do mar e como eu era a fina flor da magreza, eu só saía quando já tava roxinha, com as mãos enrrugadas. E chorando. Sinônimo de dor e desencanto pra mim era quando chovia e a gente não ia pra praia. E dos piores dias que eu me lembro de ter tido nessa fase pitoresca foi um que eu estava enjoada, passando muito mal e não podia entrar na água porque eu não parava de vomitar. Eu lembro do cheiro do vômito. Minha memória ain't no fairy tale.
Cresci querendo faculdade de biologia marinha na UFSC, em Floripa. Comi cocô quente e saí na riagem durante o colegial e mudei de idéia (publicidade, te amo, bjs) e não mudei pra Floripa não. Mas olha como os ventos da vida fazem as coisas direitinho né? Um dia eu caí em uma seleção pra navio e passei.
Eu posso escrever aqui todos os dias, com todas os tipos de texto que a gramática conhece, em todas as línguas que o Google Translate me permitir escrever, mas eu nunca vou conseguir descrever pra vocês o que passa no meu coração cada vez que eu olho pro mar. E é mais gostoso ainda quando eu olho pra todos os lados e em todos os lados ele está lá. É tão indescritível quanto foi pro Josias.
Por isso eu me retwitto a mim mesma: eu não quero conhecer o mundo inteiro não. Só as beiradas.
E Salve o Povo do Mar!
Isso porque eu tive a graça de passar boa parte da minha infância (nas férias, pelo menos) em Ubatuba. Se eu disser pra vocês que lembro de cenas de quando eu tinha uns 4 ou 5 anos na praia do félix, vocês acreditam? Mas é sério. Eu lembro que eu só gostava de usar maiô e eu posso desenhar pra vocês as estampas dos meus maiôs favoritos. E lembro que eu adorava correr pra água e depois rolar na areia e depois correr pra água de novo. Pegava onda de bodyboard como se eu fosse gente grande e como se as ondas fossem grandes também. Das ondas eu também sempre gostei. Quanto maiores, mais legal. Quanto mais ralada eu voltava pra casa, mais feliz eu estaria. Ainda é assim.
Por incrível coincidência, papai é instrutor de mergulho - esporte que eu portanto pratico desde os 11 aninhos de idade. E aí você imagina que se visto de cima ele é lindo, imagine vendo de dentro, num é? Então.
Eu nunca queria sair do mar e como eu era a fina flor da magreza, eu só saía quando já tava roxinha, com as mãos enrrugadas. E chorando. Sinônimo de dor e desencanto pra mim era quando chovia e a gente não ia pra praia. E dos piores dias que eu me lembro de ter tido nessa fase pitoresca foi um que eu estava enjoada, passando muito mal e não podia entrar na água porque eu não parava de vomitar. Eu lembro do cheiro do vômito. Minha memória ain't no fairy tale.
Cresci querendo faculdade de biologia marinha na UFSC, em Floripa. Comi cocô quente e saí na riagem durante o colegial e mudei de idéia (publicidade, te amo, bjs) e não mudei pra Floripa não. Mas olha como os ventos da vida fazem as coisas direitinho né? Um dia eu caí em uma seleção pra navio e passei.
Eu posso escrever aqui todos os dias, com todas os tipos de texto que a gramática conhece, em todas as línguas que o Google Translate me permitir escrever, mas eu nunca vou conseguir descrever pra vocês o que passa no meu coração cada vez que eu olho pro mar. E é mais gostoso ainda quando eu olho pra todos os lados e em todos os lados ele está lá. É tão indescritível quanto foi pro Josias.
Por isso eu me retwitto a mim mesma: eu não quero conhecer o mundo inteiro não. Só as beiradas.
E Salve o Povo do Mar!
(essa foi pra @tammyaires que terminou de inspirar a inspiração!)