all the single ladies
Gente, eu nunca namorei. Nunca uma aliança no dedo, nunca um cartão apaixonado, nunca uma árvore talhada com o meu nome e de algum nego. Nunca. Me sinto meio esquecida por aquele gordinho alado mas tudo bem, meto o cassete (ai, quase) da Amy no toca fita e canto bem alto:
Cupid draw back your bow
And let your arrow flow
Straight to my lover's heart for me
Nobody but me
Cupid please hear my cry
And let your arrow fly
Straight to my lover's heart for me
E eu não vim falar disso, aliás. Vim falar desse mito utópico que é a vida de solteiro: não tem nada de utópico. Simplesmente porque estar solteiro não é uma opção, nunca. Você se apaixona por um cara e ele por você. Aí vocês começam a namorar. Eis que um belo dia, out of nowhere, você resolve optar pela vida de solteira. Daí dá um pé na bunda do cara que você ama. Isso acontece? Não. Brigas acontecem, desgaste acontece e o sentimento perde a força e o sentido. Mas nunca é uma questão de opção. Se você se apaixona por um cara e ele não retribui o sentimento, ser rejeitada é opção? Ou ainda se você se apaixona por um cara e ele se apaixona por um cara, opção?
O que acontece é que você ainda não achou a metadinha da laranja, que pode ser uma metadinha temporária ou eterna. De qualquer forma, quando não há metadinhas a gente sai por aí vadiando horrores (quem não tem metadinhas, vive de metidinhas) ou se empanturrando com patrocínio da hershey's. São extremos que podem proporcionar algum tipo de prazer e contentamento. Mas você sabe que não é o ideal.
E eu também sei.