dos tipos todos das saudades minhas

Estive cá pensando nos ingredientes que fazem a boa e mala saudade, essas saudades todas que eu sinto. Porque elas são assim distintas, meio parecidas e nada parecidas umas com as outras.
Uma saudade minha é a que me faz sentir falta do conforto. Não do sofá ou da cama! Do conforto que é a família, só a família dá. Conforto do chinelo e do cabelo bagunçado, da comida gostosa e da simplicidade do pijama. Saudade da preguiça que eu já nem sinto mais.
Saudade da compreensão é uma que bateu forte desde que eu fechei o portão. De não ter que explicar nem me explicar. De não tentar entender sozinha o que não se pode entender nem em duas. E a saudade de rir das mesmas coisas porque só quem entende ri junto. E rir junto é mais poético que propaganda de banco no final do ano. Rir junto é foda. Dig Din. Dig Din.


Mas hoje eu entendi que tem também a saudade da confiança, que é quando a gente esquece o que é ter dúvida. Não sei se te conto, não sei se você vai me achar besta, não sei se você vai concordar, não sei se você vai me foder, não sei se você vai querer me ouvir... essas dúvidas todas que eu só lembrei que existem agora. Só agora quando eu sinto - sério - muita - saudade.