amigs!
Eu tenho amigos pra cacete. Tenho amigos de longa data que seguem comigo até hoje. Tenho amigos que eram amigos irmãs de amigos e agora são amigos meus mesmo. Tenho amigos que são da minha família, que parecem comigo, que têm o mesmo sobrenome. Tenho amigos antigos que eu mal vejo hoje em dia, mas que continuam sendo meus amigos. São os amigos das escolas todas da vida, que mudaram de escola ou de vida, mas que não mudaram o tamanho do pedaço que ocupam no meu coração. Amigos assim que eu admiro, que eu sinto orgulho. Amigos que são amigos mesmo depois de voadoras nas costas, que compartilharam o melhor show do melhor dia, amigos de brisas sem fim num ônibus que não andava.
Eu tenho amigos de rodas cantadas, que eram cantadas nas quadras e nos bares, nos lounges e nas ruas. Amigos que vestem a mesma roupa, amigos da mesma classe. Amigos que eu levo comigo no sentido figurado e no sentido literal: levo mesmo, onde for, como puder.
Eu tenho amigos do navio, que é quase uma vida paralela. Esses amigos eu talvez um dia nunca mais veja. Alguns deles, né? Outros amigos eu vou reencontrar nas mais inusitadas ou planejadas situações. Porque meus amigos do mar são amigos de verdade, são as pessoas mais importantes que existem quando a gente está lá. E essa importância não morre com sign-off. Assim como não morrem as memórias mais marcantes, que são as que vivi ali, com eles. Amigos do mundo todo, amigos que moram na minha rua, amigos do rio de janeiro (imagine!). Amigos do mar são muitos e às vezes custam a se diferenciar das pessoas regulares, dos colegas. Amigos do mar são amigos sim, são amigos também. Que eu amo sinceramente.
Eu tenho ainda os amigos de fé, que rapidinho viram amigos de cerveja na esquina. Ou de pizza no fundão. Amigos que são irmãos, que me compreendem no sentido mais profundo. Em quem eu talvez mais confie. Amigos que eu às vezes nem sei o sobrenome. Mas que são amigos de coração, são sinceros e humildes. São leais. São amigos.
Tenho amigos que conseguem ser todos esses amigos de uma vez só. São família, são parceiros, são irmãos de fé, são bróders de cerveja na esquina. São singulares e nem de cerveja gostam. Mas compreendem essa pluralidade como licença poética. São aqueles amigos que eu nem preciso explicar...
Eu tenho muitos amigos. Pessoas que talvez não estivessem comigo em lá muitas coisas mas são pessoas que me inspiram alegria e carinho só de pensar neles. Pessoas que eu sorrio ao ver fotos, pessoas que me emocionam e nem sabem. Eu tenho muitos amigos e talvez por isso eu me sinta tão segura na vida. Eu sei da sorte que tenho e isso pode causar um aumento significante no meu topete.
Eu tenho amigos. Essa é a diferença!