o dia em que a zuera quase acabou
Um dia eu conheci a Umbanda e desde então minha cabeça se abriu, minha mente expandiu e meu entendimento só cresceu. A vida faz cada vez mais sentido e é muito mais fácil e gostoso viver quando você entende o que está acontecendo. Sério, às vezes parece até que eu to usando cheat IDKFA, tenho todas as armas pra vencer qualquer coisa.
Mas mesmo em busca da evolução, fatores mundanos atingem a bondade, a serenidade e a sabedoria. São coisas terrenas, quase impossíveis de serem ignorados por qualquer um de nós. Os vícios, os pecados, as fraquezas e a zuera. Principalmente a zuera. Ela, que vem em inocentes pacotinhos doces de risadas que dizem que não fazem mal, mas envenenam minha bondade.
Claro que o sentido da vida é pra frente, então as coisas vão ficando melhores. Eu vou perdoando, eu vou me livrando da vontade de aloprar um e outro. A lista de coisas que eu tenho vontade de cuspir em cima vai diminuindo com o tempo e com a maturidade (?) que os anos trazem. Mas algumas coisas seguem intactas na kriponitice cretina.
Aí vem o mundo:
- Nat, será que você não tá errada? Será que as pessoas não mudam?
- Puts, mundo, será?
Aí vem a insegurança:
- AH NAT TÁ DIFERENTE, TÁ! TÁ DIFERENTE! ELA TÁ COM INVEJINHA! TÁ! COM INVEJINHA! ♪
É muito complicado questionar as verdades indiscutíveis que a gente cria na nossa cabeça. Precisa ter coragem, nada de orgulho e mente aberta pra aceitar que pode ter um erro nessa lógica. Aí eu liguei o rádio. E o rádio me disse:
- Nat, você tá certa, relaxa! Sempre esteve! Pode zuar!
Aí a zoera chegou, deu um rala-pneu na insegurança, almoçou aqui e a gente vai passar bem umas duas semanas juntas.
The end!