resposta de uma pergunta que não teve
Não sei, parece que eu tenho fases. Toda vez que eu leio os arquivos aqui do Pedaço, vejo que cada hora é uma onda que me arrebata. O que tem em comum é essa vontadezinha de ser irônica e engraçadinha a cada post. O palhacito é um fator comum.
Mas já há um tempo venho querendo fazer uma coisa meio que auto-biográfica. Essa é a nova onda pra mim. Só que, ao contrário de falar mal dos outros, falar sobre sentimentos com tanta metáfora que fica um bagulho criptografado e sem sentido, falar sobre os fatos do cotidiano que todo mundo tá falando (e normalmente ir contra a opinião da maioria), uma qualquer coisa auto-biográfica é mais delicada. Porque ao mesmo tempo que eu quero, preciso, eu tento e não consigo, acho complicado expor tudo pra todo mundo. E entra também o grande bloqueador de produtividade que se chama Who Cares?, que age no inconsciente misturado com o consciente e diz que talvez minha vida que eu acho tão impressionante seja um grande zZzzZz pra maioria das pessoas. Pra quê escrever então?
Daí outra coisa é que eu sempre tive blog. E o blog era pra ser um ~diarinho~ online né? Só que pouco eu usei de diário. E hoje percebo que muito do que me passou eu esqueci, seja por culpa do álcool ou por culpa do grande ??? que é o meu cérebro. Um pouco eu consigo relembrar ao ler os e-mails que eu já mandei, outras coisas se perderam para sempre. Que merda né?
Enfim, concluo que pela oitava vez eu devo começar a escrever um livro que só existe no plano das ideias e que, já não bastasse o combo Netflix + Candy Crush que tanto me ocupa, talvez isso seja uma nova coisa pra eu fazer. E, portanto, abandonarei mais o pobre do Pedaço.
Pra você que, poxa, até gosta de vir aqui, eu peço desculpas. Me tenha no facebook que já basta, né? Ou não, ou fique por aqui mesmo porque minha índole sendo do jeito que é, capaz de eu vir escrever no Pedaço todo dia, só porque eu falei que não ia mais.
Vai vendo.