se toca Raul
Cada dia que passa fica mais fácil passar os dias sem você e é isso que mata. Shakespeare disse em forma de Romeu (o nome do pinguim do sonho que eu tive - me faz pensar se é o nome do meu futuro pinscher ao invés de Bianco, mas isso é outro parênteses) que guardar algo que me lembre você seria presumir que eu poderia esquecê-lo. O intangível que é superar a dor de uma partida se torna tão assustador quanto a perda em si. Hoje jantei tremoço e duas cocas e só falei de você uma vez. É tão bagunçado na lógica lógica quanto o alívio que eu senti quando você foi embora. Chegar no fundo do poço é também saber que não dá pra piorar, o medo de cair pra sempre termina quando você bate no chão e se esfola inteira, mas sobrevive. Sobreviver ao que é fatal dá uma alegria daora mas tem hora que passa, porque agora eu me pergunto - e daí? Eu tenho uma porção de coisas pra conquistar e eu não posso ficar aqui parado.
Lembro da serra e da estrada de Ubatuba da gente voltando do Félix. Lembro da gente indo também, quando você saía andando na frente debaixo de um maçarico e eu me perguntava pra que tanto sofrimento? Hoje eu entendo você e seus porquês, hoje eu faço a mesma coisa. Eu também gosto de estar com todo mundo mas gosto de andar sozinha na frente. Se estiver mais calor ou qualquer outro tipo de dor, melhor ainda. Tem gente que se corta, eu ouço sertanejo pensando num amor perdido que eu nem perdi. Já viu isso? Aluguel de desgraça.
Não é sempre, graças a Deus, mas de vez em quando vem a saudade que eu sinto de você. E cada vez mais ela parece menos com aquele saudosismo gostoso e bonachão, mais parece uma pedrada na cara e uma mão de ninja que arranca o coração do peito e mostra ele batendo ainda pro inimigo, no pique daqueles HQ que eu desenhava e você guardava na sua pastinha de trabalho. Não teve uma coisa nessa vida que você não me apoiou e eu sinto tanta falta disso. Cada vez que eu caio em mim e percebo que eu tô feliz, tal qual a solubilidade do gás em líquido, de forma inversamente proporcional à temperatura eu me pergunto: mas como?
Como?
Lembro da serra e da estrada de Ubatuba da gente voltando do Félix. Lembro da gente indo também, quando você saía andando na frente debaixo de um maçarico e eu me perguntava pra que tanto sofrimento? Hoje eu entendo você e seus porquês, hoje eu faço a mesma coisa. Eu também gosto de estar com todo mundo mas gosto de andar sozinha na frente. Se estiver mais calor ou qualquer outro tipo de dor, melhor ainda. Tem gente que se corta, eu ouço sertanejo pensando num amor perdido que eu nem perdi. Já viu isso? Aluguel de desgraça.
Não é sempre, graças a Deus, mas de vez em quando vem a saudade que eu sinto de você. E cada vez mais ela parece menos com aquele saudosismo gostoso e bonachão, mais parece uma pedrada na cara e uma mão de ninja que arranca o coração do peito e mostra ele batendo ainda pro inimigo, no pique daqueles HQ que eu desenhava e você guardava na sua pastinha de trabalho. Não teve uma coisa nessa vida que você não me apoiou e eu sinto tanta falta disso. Cada vez que eu caio em mim e percebo que eu tô feliz, tal qual a solubilidade do gás em líquido, de forma inversamente proporcional à temperatura eu me pergunto: mas como?
Como?