the power of a raw fish
A verdade é que em pouquíssimas coisas a gente concorda. Pelo menos em termos de bom e ruim, certo e errado, possível e impossível, sim e não, são paulo ou curintia. A gente discute. O dia inteiro, sobre tudo. E as vezes a coisa sai do controle, porque nisso a gente é igual: a teimosia. A gente quebra o pau, xinga, amaldiçoa, manda tomar no cu, faz doce e jura que falta pouco pra violência agir. Mas aí a gente abre um parenteses pra falar mal de alguém, rapidinho. Quando vê, já foi. Esquecemos a briga. É isso o tempo todo. Ela é mais velha mas eu sou mais vivida. Ela é mais dramática mas eu sou mais irritante. Ela é mais gorda mas eu sou mais bonita. Desculpa, eu sou.
Mas ela é uma das únicas coisas que na minha vida eu tenho certeza que não vai mudar. Eu sei que se eu resolver viver em uma aldeia de pigmeus remelentos, ela vai estar lá pra saber se eu não pisei em ninguém sem querer. E se eu resolver que daqui pra frente só vou andar de ponta cabeça, ela vai ser a primeira a fazer coceguinhas só pra me foder. Ela é a primeira a me foder. Mas fica até o fim, até eu levantar de novo pronta pra próxima merda. E é a primeira que eu vejo que tinha razão. Mas quando ela erra, é a primeira coisa que eu reparo. Eu gosto quando ela erra porque ela fica putinha. A gente gosta é de aloprar uma a outra. A questão é que as duas erraram feio aquele dia chuvoso de verão, quando tínhamos certeza que era um ciclo e que ia acabar. Porque hoje em dia, depois de tanto tapa na cara e tantas risadas [muitas mesmo!], eu tenho certeza que não é ciclo não.
De vez em quando eu queria que ela pensasse diferente, agisse diferente. Eu vejo muitas coisas que passam e ela não vê, muita onda que ela não pega. Muito homem que ela não pega. Mas no fim do dia eu sei que as coisas são do jeito que têm que ser, e evoluem no tempo certo. Um dia ela vai acordar bêbada em um lugar desconhecido com uma meia diferente em cada pé, que nem todo mundo. Porque ela é minha comadre. Ela é minha irmã. Ela é a pessoa que vai dar o berço, viu. Ficadica.
Ai lóviu sister Ju!
Mas ela é uma das únicas coisas que na minha vida eu tenho certeza que não vai mudar. Eu sei que se eu resolver viver em uma aldeia de pigmeus remelentos, ela vai estar lá pra saber se eu não pisei em ninguém sem querer. E se eu resolver que daqui pra frente só vou andar de ponta cabeça, ela vai ser a primeira a fazer coceguinhas só pra me foder. Ela é a primeira a me foder. Mas fica até o fim, até eu levantar de novo pronta pra próxima merda. E é a primeira que eu vejo que tinha razão. Mas quando ela erra, é a primeira coisa que eu reparo. Eu gosto quando ela erra porque ela fica putinha. A gente gosta é de aloprar uma a outra. A questão é que as duas erraram feio aquele dia chuvoso de verão, quando tínhamos certeza que era um ciclo e que ia acabar. Porque hoje em dia, depois de tanto tapa na cara e tantas risadas [muitas mesmo!], eu tenho certeza que não é ciclo não.
De vez em quando eu queria que ela pensasse diferente, agisse diferente. Eu vejo muitas coisas que passam e ela não vê, muita onda que ela não pega. Muito homem que ela não pega. Mas no fim do dia eu sei que as coisas são do jeito que têm que ser, e evoluem no tempo certo. Um dia ela vai acordar bêbada em um lugar desconhecido com uma meia diferente em cada pé, que nem todo mundo. Porque ela é minha comadre. Ela é minha irmã. Ela é a pessoa que vai dar o berço, viu. Ficadica.
Ai lóviu sister Ju!