a ilusão
E por falar em assunto batido e exaustivamente discutido, eu vou contar pra vocês a história da minha vida. Que talvez você aí de casa que está assistindo o nosso programa possa se identificar também.
Era uma vez uma menina que cresceu no Brasil com um monte de gente legal e interessante que contava histórias muito bacanas sobre viagens e estilo de vida. Ela assistia muitos filmes que inspiravam seu futuro. Ela lia livros e via muita gente famosa que não seguia os padrões que a sociedade ~impõe~ e ela achava tudo aquilo um máximo.
Ela sonhava em viajar com a mala e a coragem nas costas, sonhava em conhecer o mundo, cidades doidas, cidades famosas, cidades legais. Ela pensava em tirar muitas fotos, escrever livros e ir no Jô contar as histórias mais legais. E todas as pessoas apoiavam a menina e diziam que é isso aí, tem que viver a vida ao máximo mesmo. Pique comercial de fim de ano.
Mas aí um dia a menina cresceu e entendeu que não é bem assim. As coisas não são simples assim, a confiança abala, dá vontade de trabalhar das 8 às 17h, dá vontade de rezar pelo final de semana, dá vontade de ser mais Dilbert e menos Carmen SanDiego. Mas não porque é difícil ser a pessoa legal e interessante: é porque as pessoas não aceitam. Seus amigos não aceitam, sua família não aceita, a moça da padaria não aceita. Eles acham o máximo, sorriem e te invejam por alguns segundos, mas eles não aceitam. Não está certo, não é uma vida. Você conta seus planos e eles pensam (ou falam) mas você não vai trabalhar de verdade nunca? Casar? Ter filhos? Porque chega uma hora da sua vida que rola uma bifurcação e aí, meu nego, ou você vira peter pan ou casa e tem filhos. E trabalha de verdade, for a change.
Era uma vez uma menina que cresceu no Brasil com um monte de gente legal e interessante que contava histórias muito bacanas sobre viagens e estilo de vida. Ela assistia muitos filmes que inspiravam seu futuro. Ela lia livros e via muita gente famosa que não seguia os padrões que a sociedade ~impõe~ e ela achava tudo aquilo um máximo.
Ela sonhava em viajar com a mala e a coragem nas costas, sonhava em conhecer o mundo, cidades doidas, cidades famosas, cidades legais. Ela pensava em tirar muitas fotos, escrever livros e ir no Jô contar as histórias mais legais. E todas as pessoas apoiavam a menina e diziam que é isso aí, tem que viver a vida ao máximo mesmo. Pique comercial de fim de ano.
Mas aí um dia a menina cresceu e entendeu que não é bem assim. As coisas não são simples assim, a confiança abala, dá vontade de trabalhar das 8 às 17h, dá vontade de rezar pelo final de semana, dá vontade de ser mais Dilbert e menos Carmen SanDiego. Mas não porque é difícil ser a pessoa legal e interessante: é porque as pessoas não aceitam. Seus amigos não aceitam, sua família não aceita, a moça da padaria não aceita. Eles acham o máximo, sorriem e te invejam por alguns segundos, mas eles não aceitam. Não está certo, não é uma vida. Você conta seus planos e eles pensam (ou falam) mas você não vai trabalhar de verdade nunca? Casar? Ter filhos? Porque chega uma hora da sua vida que rola uma bifurcação e aí, meu nego, ou você vira peter pan ou casa e tem filhos. E trabalha de verdade, for a change.