the end is near
Acho que isso não acontece só em navios, mas em qualquer tipo de ciclo. A gente trabalha por meses com entusiasmo e alegria até que um dia a gente fica sabendo ou toma ciência de que o fim está próximo, que o contrato está acabando. Parece uma coisa, a gente fica automaticamente com preguiça de viver e tudo parece errado, tudo parece ruim, fica insuportável. A gente vislumbra a salvação e de repente não temos mais forças pra chegar até lá.
Isso meio que explica a constante necessidade que o ser humano tem de se estabelecer um fim para a vida como conhecemos. Eu imagino que isso seja uma forma de justificar a nossa decadência existencial. De explicar para nós mesmos o porquê de as coisas estarem do jeito que estão, com absurdos do homem e da natureza acontecendo em pleno dia de jogo do Brasil, sabe assim? É um cry for help, um pedido, um apelo. A gente meio que quer que alguma coisa aconteça, mude.
Mas na real? O bug do milênio num deu em nada, nem o Rapture Day também não. O mundo não vai acabar em 2012, tampouco. E o pandemônio que habita nossa realidade só há de ter fim quando cada coração pulsante compreender a simplicidade da coexistência: o amor.
Portanto, adicione aí bem mais uns 2012 anos a partir de hoje porque a missão tem cara de ser semi impossível. Por preguiça, então, queria ver uns dinossauros voadores por aí comendo os pecador tudo. Mas né? Numa dessa eu viro ração também. C'est la vie.