sobre que eu nem sei quem sou

Eu fui assistir um filme francês e voltei pra casa pensando. Não no filme exatamente, porque o filme era chato pra cacete. Mas justamente no conceito de cult. Porque o filme era chato. Tinha um sentido, mostrava uma verdade nua e crua (principalmente nua, né cinema francês? que você não consegue terminar uma película sem mostrar as teta de alguém!), mas sinceramente, pra quê? Será que eu sou burrinha demais? E se sou, que conceito é esse de inteligencia? Inteligencia assim como o conhecimento pode se aplicar a muitas áreas. O culto tem o conhecimento daquelas coisas que você sabe. Mas o que não é culto e sabe fazer cesto com palha, sabe coisa que o culto não sabe. Então ele é culto também. Somos todos?
Só que eu não consigo acreditar que cada pessoa tem seu conhecimento e que isso é de valor. Em outras palavras, tem muita gente que é puramente burra e eu não gosto delas. Daí eu estou me contradizendo. Porque algum conhecimento elas têm. Seja de como enrolar um baseado ou de como pegar o celular da sua bolsa sem você perceber. Por que o meu ensino superior vale mais que isso? Porque sim. Mas por que sim?
Com essa linha de pensamento absolutamente inconstante eu cheguei à conclusão de que eu não tenho opinião formada sobre quase nada. E não consigo por me decidir. Sou facilmente convencida das coisas, facilmente iludida. E das coisas que eu sei eu penso que sei demais e me sinto mais inteligente que a Rainha da Inglaterra. Sei lá porque ela.
Eu sigo a estrada de ser a tal da metamorfose ambulante que num tem a velha opinião formada sobre tudo. Mas a metamorfose aqui precisa trabalhar! E dessa indecisão nasceu, cresceu e vive com saúde a minha eterna descolocação profissional. Onde as vezes eu não acho que sei fazer alguma coisa, outras vezes acho que super sei, sou mó boa. Mas aí não gosto. E nem sei do que gosto. Sei. Mas essa coisa muda com uma rapidez que não tem carta de demissão que aguente. 



Aos quase 25 do primeiro tempo ainda não sei que time vai ganhar. Mas algum time ganha, então tudo bem que eu não gosto de cinema francês.
Ou não?