Diário dos Sonhos

Primeira parte:

Da primeira parte eu lembro pouco. Lembro que estava no navio e a gente tinha acabado de enfrentar uma puta tempestade e no dia seguinte eu vi no deck externo que algumas pessoas meio que moravam alí, montavam barracas e tal. Primeiro eu achei muito legal, depois eu fiquei pensando em como eles sobreviviam às tempestades... porque não é possível!
Depois, dentro do navio ainda ou já no Alasca, não sei, tinha uma senhora vendendo umas pedras que a gente podia pintar por cima e depois ela fazia chaveiro com aquilo. A Nurse tava quase terminando o dela, que era enorme. Antes de eu começar o meu, a gente perguntou o preço. Variava de acordo com o tamanho da pedra mas era mais ou menos 500 reais. Achei absurdo, não quis fazer. Minha mãe achou de boas, daria pra pagar. Mas eu não quis mesmo assim. Chegando em Skagway ou Ketchican no Alasca, falei pra minha mãe que queria comer o crepe de chocolate que eu sempre comia na loja x, que era só subir a rua. Ela ficou com preguiça mas na verdade a gente tava do lado da loja, era só atravessar a rua. Mesmo assim ela não queria, porque ia gastar dinheiro.
- Pô mãe, acabei de não querer gastar 500 reais que você queria gastar comigo e agora vai miguelar o dinheiro do doce. E outra! Quando será que eu vou voltar pro Alasca e comer esse doce? 
Comemos.

Segunda parte:

Eu estava no carro com o Motta e a Anninha e eles estavam num climinha de romance. Eu não gostei. Tinha mais alguém no carro, não sei quem. De repente a gente chegou no lugar, que era um hotel e aí eu lembrei que teria um reecontro que eu chamei de "da galera do Sesi", mas só tinha gente da GV. E tinha o Caio, já sem barba, que voltou para o Brasil e não me falou nada porque ele era fugido político. E tinha a Fernanda e a Mariana, aqui da Unifesp também, que eu encontrei em um "fumódromo" falando que não sei quem tinha falado oi pra elas e era tanta beleza que elas nem conseguiram responder direito. 
Depois encontrei minha galera da GV e uma das meninas disse meio que brincando que ela tinha sido excluída do grupo porque eu controlei a mente de todo mundo pra excluir ela.
- Nossa, que bom que eu tenho esse poder então, hein? Tô estudando psicologia, vou precisar nem tratar os pacientes, é só controlar a mente deles. Disse eu, sendo irônica e meio puta.
Aí eu encontrei a Erikinha, que era loira de olhos azuis e quis conversar com ela mas não paravam de me chamar. Queriam me pedir pra eu levar um cobertor pro quarto da Anninha e do Motta. Mais ciúme. Daí fui perguntar pra ele o número do quarto, ele tava meio bêbado, só falou 14. Só que não tinha 14, tinha 614 daí eu vi uma pessoa meio que se trocando porque as paredes (?) do quarto eram de vidro igual de vitrô, sabe? Que não dá pra ver mas dá pra perceber a silhueta de um ser humano. Daí fiquei tentando identificar se era ela e ficou uma situação meio creepy, porque ela também tava vendo que tinha alguém do lado de fora. Comecei a rir, aí ela viu que era eu, rimos muito, joguei o cobertor dentro do quarto e queria jogar ela pela janela. Hihi. Muito ciúme. Muito traíra.
Desci de novo pra festa tentando achar meu celular pra avisar minha mãe de onde eu estava. Passei pelo espelho e me odiei por não saber que era hoje o encontro e eu não tinha passado nem um rímel, nada. Mas mesmo assim eu estava bonita (porque né?). 
Termina o sonho com uma galera bebendo e conversando sobre lugares que já foram aqui e ali, e eu batendo o copo na mesa falando "só digo uma coisa *bate o copo na mesa* eu já fui pro Alasca". 

The end.