bustamante
Ela é uma das minhas melhores amigas. E isso por si só já pode ser considerado confuso o suficiente, acredite em mim. A gente tem muita gente em comum. Ela é o outro lado da história de muitas histórias que, de verdade, eu só ouvi falar.
Mas eu conheci ela sem saber de nada disso. E eu lembro exatamente quando foi a primeira vez que eu falei - ou presenciei ela falando, que é mais assim que as coisas acontecem: eu estava jantando e ela entrou no restaurante com um cabelo meio bagunçado e uma roupa meio diferente. E o Dani, um manicuro (oi?) espanhol viadíssimo e engraçadíssimo disse pra ela que era triste ver uma pessoa em dia de laundry.
"Parece que você se enrolou na cortina da sua cama e veio jantar".
E ela, embora cagando para a opinião alheia, falou disso por mais ou menos 46 minutos sem parar. Ali eu notei uma certa semelhança comigo. E já haviam me alertado sobre essa semelhança, eu só não sabia quem era essa tal menina da loja que parece eu falando.
Daquele dia em diante, não sei bem como as coisa se deram, mas eu me vi saindo com ela, comendo com ela, falando merda com ela meio que sempre. Todo dia.
E ela às vezes parecia uma mãe, às vezes uma filha, às vezes uma irmã. Por isso não sei direito do que chamar esse presente de aniversário. Mas eu amei!