love is overrated
Dia desses eu me peguei num pensamento que contraria pelo menos uns 182 posts que eu já fiz, baseada em outras 218 coisas que eu falo e acredito. Que não sei se acredito mais. Porque dia desses eu concluí que talvez o amor seja meio superestimado.
Aliás, deixa eu ser mais específica: o amor-romance, shakespeariano, dos poetas e compositores. O amor que gera filmes e posts, livros e tatuagens. O amor que eu sinto e não recebo de volta. Ele, esse amor, tem sua importância na nossa vida e personalidade. Acho que ele de alguma forma traz um tipo de alegria imaginária (mas real no coração) que vem com o sonho e com a esperança. Esse amor, quando não correspondido, vale para manter a fantasia nas cabeças sonhadoras que dormem sozinhas. É bonito, é importante.
Mas não é mais importante que a realidade, que os sentimentos de todo dia, que a beleza minimalista da rotina. Não é mais forte que o amor de um abraço bêbado, de uma bronca despropositada mas merecida. Não é mais bonito que o amor de uma risada que segue um tropeço, não é mais valioso que o amor da confiança pra confessar tudo sem medo. Não é, enfim, mais importante que o amor de amigo. Nada é.
Assim ficou mais fácil entender que não vale a pena arriscar tanto, não vale a pena arriscar tudo. Queimando as bandeiras da paixão acima de tudo fica mais fácil entender que ele a parte errada da frase "ele é só seu amigo" é o só. E não o amigo.
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
- Vinícius de Moraes, seu lindo.