ostentação é superior completo

Quer saber? Vocês estão certos. Vamos falar do preconceito das classes A e B em relação à bela expressão cultural da periferia, seja em forma de rolêzinho, funk ostentação ou qualquer outra. Vamos falar da maldade e intolerância dos que são ricos e, consequentemente, escrotos. Vamos culpar a burguesia preconceituosa. 
Porque é esse o problema. Não é o fato de essa molecadinha vir de famílias que se matam em um ou dois subempregos para sustentar tênis de mil reais. Não é a ostentação que é o problema, nem o tipo de ídolos que eles têm. Não, isso é bonito, é expressão. O problema não é o total desinteresse pela educação e conhecimento que essa geração demonstra. Não, o problema é como reagem os do shopping JK. Então vamos falar disso.
Vamos falar disso porque a gente não pode prestar atenção na inversão de valores. A gente tem que apoiar toda e qualquer manifestação das classes mais baixas, mesmo que sejam prejudiciais à elas mesmas. Rolêzinho na biblioteca ninguém marca. Trocar Mizuno Prophecy por 1 ano de cursinho ninguém quer. 



Daí a periferia não chega à faculdade. Sabem por que? Porque o ensino superior no Brasil é elitizado. Só quem é rico pode. Então, portanto, logo, automaticamente, se eu sou pobre eu não posso ir. Por culpa do governo, da sociedade, do capitalismo, de alguém. Alguém que não sou eu. 
Cresce uma geração que já nasceu onde tudo foi dado, que já não entende a importância de merecer e conquistar, que já tem pouquíssimos bons exemplos a seguir. E aí desandam a falar besteira, os cartunistas se deliciam com a repulsa da burguesia e os humanistas aplaudem em pé. Reforço positivo.
Que lindo!