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Showing posts from August, 2009

a sobremesa!

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Inspiração é uma coisa que vem de diferentes fontes, diferentes formas. A gente aprende essas coisas na faculdade e aí tenta criar comerciais enquanto toma banho. Criar no banho é clichê já, aliás. Não é tão criativo. Mas tudo bem, porque a funcionalidade é o que importa. Tanto para comerciais quanto para jogos. Inventar um jogo é mais raro que inventar a cura pra aids. Por isso que a gente só muda uns nomes e umas regras e já era, diz que fez o jogo. Mais uma vez, o que importa é funcionar e a galera se divertir. Só tô falando isso porque eu tô pensando em um monte de coisas, queria anotar num caderno legal mas ainda não tenho um. Eu mandei fazer um bem da hora. Mas ele só vai ter 100 folhas e eu vou morrer de dó de usar. Aí eu vou bem anotar as coisas em outro lugar e depois passar a limpo pro oficial. O que faz com que ele total perca sua razão de existir, portanto já mudei de idéia e vou gastar as 100 folhas em uma semana. O pior que pode acontecer é eu comprar mais folha, ué. E ne

the power of a raw fish

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A verdade é que em pouquíssimas coisas a gente concorda. Pelo menos em termos de bom e ruim, certo e errado, possível e impossível, sim e não, são paulo ou curintia. A gente discute. O dia inteiro, sobre tudo. E as vezes a coisa sai do controle, porque nisso a gente é igual: a teimosia. A gente quebra o pau, xinga, amaldiçoa, manda tomar no cu, faz doce e jura que falta pouco pra violência agir. Mas aí a gente abre um parenteses pra falar mal de alguém, rapidinho. Quando vê, já foi. Esquecemos a briga. É isso o tempo todo. Ela é mais velha mas eu sou mais vivida. Ela é mais dramática mas eu sou mais irritante. Ela é mais gorda mas eu sou mais bonita. Desculpa, eu sou. Mas ela é uma das únicas coisas que na minha vida eu tenho certeza que não vai mudar. Eu sei que se eu resolver viver em uma aldeia de pigmeus remelentos, ela vai estar lá pra saber se eu não pisei em ninguém sem querer. E se eu resolver que daqui pra frente só vou andar de ponta cabeça, ela vai ser a primeira a fazer coc

precisa ler não!

Tudo me irritando. Esse frio idiota e infundado, quando era pra estar começando a esquentar já. São Paulo dá umas que sabe? E por falar em São Paulo, porra! Perder no meio da arrancada? Precisava? Me irrta que eu não tenho nada demais pra falar. Pelo menos nada que renda um texto inteiro, só pequenos assuntos, pequenas indiretas, pequenos sentimentinhos não-externáveis. Me irrita que eu comecei o post reclamando do tempo. Reclamar do tempo é papo de gente sem papo. Mas tá muito frio, gente. Gente! Me irrita muito! Gente que prega frases de efeito contra o preconceito assim que nem bom dia. Sabe, a gente num tem obrigação de gostar de ninguém, ninguém tem obrigação de gostar da gente. Só que se alguém não gosta de mim, é cuzice minha. Porque eu sou branca, hétero, católica. Pode foder comigo que não é crime! Ahhh vá! Eu desgosto de algumas pessoas porque elas são filhasdaputa, independente da opção sexual, cor, religião e o cacete. Sem preconceito. E conversinhas me irritam também, quan

banho de sol

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Coisas não terminadas dão aquela sensação de inquietude, uma certa agonia que a gente as vezes nem lembra porque sente. Mas aí você lava a louça que mamãe pediu e pronto, a paz volta a reinar no sofá. Comigo é assim, pelo menos. Só que tem essa sensação em larga escala. Que não é a pressãozinha de ainda não lavei a louça . É algo do tipo ainda não dirijo bem, ainda não me formei, ainda tô doente, ainda não sei o que quero ser quando crescer. E acaba que culmina tudo na mesma época né? Parece que dezembro resolve tudo. Em dezembro, tudo isso vai estar resolvido. Eu acho. A última vez que eu passei por isso acho que foi no final do terceiro ano, que eu tinha que concluir o ensino médio, o ensino técnico, decidir o que prestar no vestibular e prestar o FCE. Era muita informação. Mas passou. Passei. Acertei. Arrasei. Fui de colegialzinha remelenta à universitária, técnica em química, trabalhadora e independente. Delícia. Agora eu sou uma universitariazinha remelenta sem plaquetas e desemp

púrpura trombocitopênica idiopática

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Continuando minha saga de sangue e sofrimento, aquele dito sangramento do post anterior voltou no dia seguinte. Aí eu bem pensei "tá tirando né?" e fui pro hospital de novo. É engraçado quando você sangra por mais de 48h porque as pessoas, em geral médicos, começam a te olhar com uma cara de numerapravocêtermorridojá? e isso a gente só percebe na terceira vez. Quando meu dentista me viu lá de novo, ele fez essa cara. Quando a dentista do hospital me viu lá de novo, ela fez essa cara. Quando os 589 médicos que souberam do meu caso olharam pra mim, eles dizeram essa cara. Porque gente, se num tá menstruando, num é pra ficar esse tempo sangrando. Aí tem! No me u caso, não tem. Plaqueta. Sim, eu fiz um exame de sangue completo na quinta. Os resultados foram atípicos, por assim dizer. Uma pessoa normal tem de 150 a 400mil plaquetas no sangue. Eu tava com 8mil. Aí sei lá né? Acharam melhor eu já ficar lá pelo hospital mesmo. Internaram a nat! E na sexta fizeram mais alguns exames s

sangue ruim

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Não contei né? Ontem de manhã fui no dentista fazer uma raspagem da gengiva, que é tipo raspar a gengiva. Era um dos doze trabalhos de nat. Aí o mano raspa lá, sangra um pouquinho e já era tártaro, placa, aids, câncer, sai tudo. Bom, essa é a teoria. A prática foi: o mano raspa a gengiva, sangra e a nat morre porque acaba o sangue dela. Sim, porque foram 33 horas de hemorragia ininterrupta. Você pensa aí na casa sua 'ah, essa nat! sempre exagerada!'. E eu digo, não. Não é exagero. Sangrou PRA CACETE, SEM PARAR DURANTE 33 HORAS. Muito sangue. Aí hoje eu levantei (porque eu não dormi - não se dorme enquanto sai litros de sangue de sua boca!) e fui no dentista porque né? Oi? Você quebrou, moço. Arruma. E ele bem olhou, fez uma cara meio de "opa! fodeu!" e colocou uma gazezinha lá que durou 4 segundos. Fui pra casa já meio desesperada porque se o dentista achou aquilo megabizarroaimeudeusoquefoiqueeufiz?, imagina o resto do mundo. Aí mamãe me levou no hospital 1, que indi

remains the hint

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Aí eu assisti Diário de uma Paixão, por recomendação de mil e duzentas pessoas mas, mais recentemente, da Thais. Bueno, puta filme lindo de chorar! Não que eu chore [magina] em filmes, mas esse é de foder o cu do palhaço mesmo. Uma história de amor linda e nem tão fantasiosa. Quase que passível de ser verdade. Quase. Porque esses filmes são meio viagens astrais dos caras que escrevem né? Romance e Sci-Fi tão alí ó... Um dia eu vou fazer um filme de amor do jeito que as coisas realmente acontecem. Ia ser mais ou menos assim: A mocinha e o mocinho se conhecem na balada, ambos bêbados. Ele pensa "já peguei pior". Ela pensa "preciso dá". E eles se pegam na maior voracidade, sem saber ou lembrar o nome um do outro. No dia seguinte, ela acorda com dor de cabeça e percebe que não está onde deveria, levanta, procura o tênis e sai dali rapidinho antes que alguém perceba qualquer presença estranha no local. Corre pra farmácia, manda vê no epocler e na famosa pílula do dia seg

os doze trabalhos de nat

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Cinco anos depois eu voltei no dentista. Sabe, num é que eu tenho medo. É que eu sou muito apegada às partes do meu corpo. Eu sabia que se eu fosse lá ele ia querer arrancar meu ciso. O ciso é meu, deixa ele aqui, obrigada. Nasceu, entortou uns dentinhos aqui da frente mas tá tudo bem. Sério, tá tudo bem. Mas aí minha mãe insistiu, porque minha gengiva sangra mais que o aceitável. E eu fui porque sei lá, não me atrai muito a idéia de ficar banguela. Fui. E deu no que deu. Ele praticamente falou ei, veja pelo lado bom! tem 3 dentes sem cáries! e essa merda toda ainda tem salvação. Porque a doença na gengiva que mamãe tem é genética. Eu também tenho. Ela causa cáries e, no futuro, causa a compra de uma dentadura. Portanto, resolvi tratar né? Achei melhor. Agora são doze idas ao dentista. Doze. Seguidas. De segunda à sexta. Dentista. Motorzinho, anestesia, pode cuspir, sem mastigar por 4 horas. Doze. Dentista. Ok, uma já foi. Três obturações e nem doeu. Mas a boquita ficou inchada por um

missing the bubble more than ever

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Mandar aquele delicioso "Já volto" pro mundo, sumir no horizonte dentro de uma bolha flutuante, balançante e emocionante. Olhar para os lados e perceber que seu mundo se resume em 15m de largura por 280m de comprimento e, além disso, o infinito. É um outro planeta mesmo. Que gira em torno da Terra e as vezes faz contato. Os habitantes ora são poucos, ora muitos. Quando você quer que todo mundo suma, eles brotam do chão. E as pessoas que você as vezes quer encontrar conseguem sumir de um jeito impressionante. Mas é aí que está a magia do lugar: as pessoas. São novas pessoas, que se tornam as mais importantes do mundo porque oi? É outro mundo. Você tem outra vida. Outra chance. Voltar é muito louco. A saudade era imensa mas 3 dias depois, num tem mais graça acordar de quarta-feira sem o 'attention all crew, attention all crew'. Sério, vicia. No começo era desesperadora a noção de que ainda faltavam 9 meses para pisar em Santos de novo. Era uma gestação. Aí a gente encon