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Showing posts from May, 2009

ask peter

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Pense tridimensionalmente na visão que as pessoas têm sobre todas as coisas, mas despindo-se de qualquer visão. Que seja de cima, de forma imparcial, nula. Assim você pode compreender toda a mudança e evolução de cada pensamento, relativo à cada coisa que acontece na nossa vida. Cada coisa que aprendemos e como aprendemos. Tridimensionalmente. Voltando ao seu próprio jeito de pensar, entenda a importância da queda e a relevância moral do reerguer-se. Entenda a pureza do ser ileso, e como toda pureza, entenda o quão improvável e não-humano ela é. A pureza nos cabe no observar e admirar, não ao ser. Os seres são feitos de erros. Agora pense na compreensão elevada a um nível que quase dispensa as palavras, que só não é muda porque há o prazer irrefutável em falar e em ouvir. Em saber, em conhecer o pensar, mesmo sabendo que é igual ao seu próprio. É uma questão de confirmação da essência sincrônica que envolve a amizade. E quando ouvimos, às vezes vêm coisas sobre as quais não havíamos p

guilli manelli

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Quando você convive 24h com algumas pessoas, em condições às vezes adversas, é normal que se enjoe, que haja brigas e implicâncias desnecessárias coexistindo com amor e respeito. Mas incrível mesmo é quando essa convivência só faz com que o amor aumente. Presenciar o crescimento de alguém é uma coisa mágica. É como ver seu filho engatinhando e depois escalando montanhas, ou sei lá. Na verdade, é bem esse tipo de amor que eu sinto agora. Um amor de proteger e de ter orgulho, como uma filha. E, no caso da pequena borboleta aí, é bem fácil ter orgulho. Puta voz! Puta personalidade! É uma diva. Mas é uma diva agora, porque quando eu conheci, era uma criança. E vi crescer e borboletar noite a fora, com as morcegas sem vergonhas que habitavam aquele lugar. As morcegas foram, afinal, uma boa influência. Agora que acabou, fica a saudade constante de ter uma companhia tão agradável e engraçada. Fica a saudade das risadas, das galinhas cantando, dos olhares que querem dizer apague a luz , dos ab

o pedaço

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Houve um tempo em que a gente era uma arma poderosa da comunicação underground. A gente pintava e bordava, a galera ia à loucura. Ensinávamos coisas, brigávamos com as pessoas, fazíamos declarações que eram repercutidas por semanas. Os fãs interagiam, conversavam, discutiam. O bicho pegava. E o tempo foi passando, a coisa foi ficando mais desiteressante. Ou então as pessoas começaram a ficar com preguicinha daqui. Mas tudo bem. Porque a importância do blog vai muito além de popularidade. A minha aqui não é o cultivo do capital social, embora eu não despreze demonstrações de amor ou presença. Acontece é que eu tenho a sorte de ter o registro dos meus últimos 6 anos para eventuais consultas. Eu adoro ler meu passado. Adoro lembrar como os dias eram diferentes. É lindo ver como minha mente foi evoluindo/regredindo ao longo do tempo. É lindo ver minha opinião mudando, meus gostos mudando, minhas prioridades mudando... Ah! Meu blog é brother demais! :D E sim, esse foi um post inteiramente d

o todo poderoso sentimento

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Eu tenho os melhores amigos que se pode ter. São pessoas fascinantes, das mais variadas formas. Pessoas diferentes, estranhas, originais. Que têm os problemas mais engraçados, os sonhos mais doidos, as histórias mais incríveis, as opiniões mais adversas, as dores mais doídas. Que falam, que ouvem. Que de alguma forma, me admiram. Não sei por que. Eles são muito mais gifteds que eu. Hoje mesmo eu questionava a lógica inexistente de ter amigos tão talentosos. Porque dizem que a gente atrai os semelhantes. Aquela história de diga-me com quem andas que te direi quem és, sabe? Então eu deveria andar com um monte de idiota preguiçoso. No entanto, só ando com gênios. Mas eu não sei cantar, eu não sei tocar nenhum instrumento, eu não sou organizada, eu não sou genial, eu não sei cozinhar, eu não sei dançar... Daí veio ele, logo ele que nem aqui aparece por um acaso besta, uma desatenção... ele vem e me lembra que todo mundo tem algum talento nessa vida. E eu já posso dormir feliz.

o basquete e a gangorra

Hoje foi um daqueles dias que nascem normais e que se tornam sensacionais. Mas de uma forma tranquila e quase imperceptível. Disfarçada. Como a maioria das coisas que valem a pena são. Trabalhei pesado e isso é bom. Coloquei umas idéias no papel. Fiz um teco de TCC. Comi um lanche maravilhoso na padoca simpática, onde o portuga dá chiclete de brinde. Depois fui com a minha amiga passear no Ibira. Pura brisa! Acreditem, a gente descobriu como brinca de gangorra certo. Todo mundo brinca errado. A gente arrasou na descoberta científica. E pra fechar, sushi. Sensacional.

a fisiologia do medo

Você pára de sentir a temperatura do corpo. Não tem frio, mas também não sente o conforto do calor. Escorre o suor gelado que você mal sente e nas entranhas, o calafrio. Treme por dentro. Incontrolavelmente treme mas se olhar para as mãos, elas estão paradas. Só você sente que treme, tanto que as pernas parecem que vão falhar a qualquer momento, mas ninguém vê. As ações, das mais simples às mais complexas, parecem ser impossíveis de se concretizar. Você não sabe o que fazer, mas não para de fazer alguma coisa. Os piores pensamentos passam, mas são disfarçados por uma pronta negação, uma vontade de acordar daquela situação. Passa um tempo e vem o choro incontrolável. A ficha cai, a realidade se torna nítida e o medo dá lugar ao desespero, causado pelo próprio medo ou pela própria realidade.

sudden death

It's probably just my mind playing tricks but lately I've been feeling sick. A rare disease that causes sudden death. I feel some strange headeaches, can't feel some parts of my foot and, gosh, today it feels like something have smashed my lungs. If I actually die one of these days, it would be sad that I was never in Europe. And of course there's a lot of other things I'd like to do before I die. Having kids, watch them grow and those things everybody wants. But Europe, specially. Though, besides Europe, I would have had a pretty complete life. With the family and friends I have, it would be hard to complaint to God. I've been happy my whole life. I am happy now. So if I die, it's okay. And thank you all.

637G Grajaú - Butantã

A linha de ônibus que eu pego é praticamente uma pessoa física. Digo mais, uma diva. Porque o ônibus passa de vez em quando. A cada... vez que dá vontade de passar. Outrora, quando eu trabalhava na Cultura Inglesa Natália Bom Dia! e eu era burra inocente suficiente pra achar que só ele passava na Av. Santo Amaro, passei vários perrengues acerca de atrasos inexplicáveis. Um dia ele passava às 6h. No dia seguinte, às 6h02. Depois às 9h. Bueno, o mundo gira, saí da cultura, acabei no its, que mudou de sede e agora que ônibus eu pego? A diva. Mas tudo bem, porque aqui não rola stress quanto a horário. Tô eu hoje toda pomposa no ponto e lá vem Ela. Parou no farol. Eu coçei o olho. Niqui eu abro os olhos, shuuuuum! Passou! Me veio o desespero de achar que outra diva, só lá pras 11h. Corre nat até o ponto inicial (que tem sombra, pelo menos) e no meio do caminho, exatos 2 minutos depois da diva 1, passa a diva 2! Claro, what are the odds de isso acontecer? Zero. Que é pra gente ter uma noç

the one thing i know for sure

Assumida e orgulhosamente inconstante, uma pessoa assim não pode tirar muitas conclusões sobre si mesma. Qualquer coisa que se diga, que se afirme, pode mudar em dois dias ou duas horas. Às vezes muda conforme muda a música. Se na Alanis o mundo girava rápido demais e as dúvidas sadias vinham em mente, começa Mika e tudo volta a ser gay. Alegre gay, não homossexual gay. For fuck sakes! Porque é bom isso. Assim a vida não enjoa, você pode ficar com o melhor das coisas e jogar fora o resto. Pode comer só as batatas. E usando a camisetinha do clube das pessoas que mudam de idéia, a gente conhece outros mundos, outros pontos de vista, outras formas de se divertir. É das coisas que eu mais gosto: ouvir pessoas que eu não entendo. Tudo uma questão de lifestyle. Mas tem uma coisa, filha única de mãe solteira, que eu sei sobre mim. Que é fato consumado. Como raíz de 1225 é 35. E essa coisa é de fácil convivência, posto que 99% do tempo eu bem vivo esquecendo dela, que só aparece de vez em quan

o dito pelo não dito

Eu sei exatamente o que eu quero dizer, mas não sei como disfarçar isso inteligentemente o suficiente pra não ficar gay. Porque se baixa a emice em mim, é que o estágio está avançado. Não é o caso. Eu sei bem o que eu preciso. Preciso ter o que eu quero agora, porque aí eu vou lembrar que eu nunca quis o que eu quero agora por uma razão, e essa razão vai me fazer não querer isso mais, entendeu? É físico. Científico. E só. Obs: esse layout vai durar pouco. tô sentindo.

o sono e o dedo

Coisas que me incomodam durante o dia de hoje: estou com sono e meu dedo da unha encravada, está gangrenando. O sono pode parecer besteira, mas não o meu. O meu sono é um monstro que toma conta do meu cérebro e destrói tudo. Quando o sono me bate, eu perco o controle sobre meus atos. Eu caio e bato a cabeça na tela. Já houve ocasiões que eu dormi em pé e só não caí no chão porque o trem estava lotado. Meu sono é foda. Já a unha, eu nem tinha notado mais ela. Não dói. Ontem eu percebi que ela não dói porque o dedo inteiro está dormente e levemente arroxeado. Vai cair, será? Isso tá me atormentando. Vai cair meu dedo.

mind note

Eu preciso me desvencilhar dessa coisa de não conseguir escrever quando enjoo do layout.

das coisas mais lindas que já vi

Se teve tiro, roubo, morte, não sei. Vi que a coisa seria emocionante logo de cara. O Marcelo Camelo canta com dor, canta sofrido. O povo todo canta junto. Chora junto. O povo, às vezes, é foda! :D E veio samba, forró, veio gente, veio Tim, veio sono, vim pra casa, e voltei para a Maria. Maria Rita é diva! Puta voz, puta presença, puta estilo. E, no cair da noite no centro de São Paulo, milhares de pessoas com as mãos pro alto cantando uníssono, apesar do atraso. O coração de todo mundo estava batendo no mesmo tempo. Foi umas das coisas mais lindas que eu já vi. E para todas as outras, existe mastercard.