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Showing posts from March, 2020

i is kind

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Isolamento social de certa forma eu acho que é bom porque funciona como se a gente tivesse resolvendo uma equação de segundo grau, sabe? Você isolando o x tem como saber quem ele é de verdade e a quantos y ele equivale. Ela, no caso. O x sou eu. E isolando o x que sou eu, entre outras muitas coisas assuntadas em futuras sessões de terapia amanhã, percebi afinal muito valor. Desbloqueei o poder de chorar, o que eu considero uma grande vitória porque é muito estranho não chorar nunca. E hoje, agorinha, ao vivasso, como tudo que acontece na minha vida é pra mim, uma ficha tamanho GIGANTE caiu aqui na minha cabeça. Eu tava vendo um post de um boyzinho e o post era borderline sem graça... tipo, era algo digno de um "rs" e olhe lá. Aí eu me toquei que a maior parte das coisas em relação a ele são rs e olhe lá. E aí eu decidi que mano, por que merda que eu sou afim de uns boyzinho rs e olhe lá? Se fude irmão, eu quero HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHA eu quero PASSEI MAL KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

saudade do que a gente já viveu

Eu sinto falta do normal, do automático, do todo dia. A beleza que tem no cansaço, em ficar puta por coisa idiota, eu sinto falta de xingar no trânsito, do vizinho jogando bituca de cigarro pela janela. Claro que do bom também, da vida perfeita que eu tenho, da minha família e dos meus amigos, de poder ir na praia todo dia, de poder ir. Ir é tão daora, né? É tão bom ser livre pra ir. Eu lembro quando eu tava no tratamento, minhas hemoglobinas tinham desistido de mim e não transportavam mais oxigênio pelo sangue. Naquela época eu não podia ir em nenhum lugar, nem no banheiro. Eu não conseguia ficar em pé nem andar e eu lembro que dentro do carro eu via as pessoas indo e vindo e pensava "caralho, como é bom poder ir". Eu sinto falta de ir. Sinto falta das coisas boas. Mas sinto mais das ruins mesmo. Porque tudo precisa estar tão bom pra gente xingar no trânsito, né? Uma preocupação tão rasa, nossos problemas precisam ser nenhum pra uma pessoa te tirar do sério por não dar seta

o alasca

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Quero contar pra você - é, você! - da primeira vez que eu fui pro Alasca. Essa frase é meio burguesinha porque implica em eu ter ido mais de uma vez pro Alasca, uma das partes mais remotas do nosso planeta. Mas você sabe que eu fui trabalhando e que o mais de uma vez é porque os cruzeiros eram semanais e eu fiquei 4 meses nesse roteiro. Enfim. Alasca. Eu sendo brasileira na condição de indo pro Alasca só conseguia pensar no frio, temer o frio, tremer de frio. Eu odeio frio, sinto muito frio, 21ºC pra mim já é motivo de blusão. Eu tava apavorada. E era apenas nisso que eu conseguia pensar. Então no primeiro cruzeiro eu estava tensa demais. A gente saía do porto de Seattle, que já tava um frio da peste, e subia pro Alasca. Vou ilustrar esse post, embora saiba que não será suficiente. Aqui tá falando que saía de Vancouver mas na minha época era Seattle e fazia uma parada em Victoria, uma ilha maluca do Canadá onde tem praia, neve e fazenda. E onde o primo do meu pai mora há 30 anos e

você e a minha análise

Os dias difíceis chegaram junto com você e todo mundo achou que fosse relação, mas era correlação. Coincidência. Se for ver, você até amenizou pra mim algo que eu tô faz tempo tentando amenizar, como se eu tivesse te usado. Foda, né amiga? Mas a gente se usa mesmo, todo ser humano é assim. Te pediria desculpa se fosse pra você ouvir mas eu não me arrependo de nada não. Me coloco à sua inteira disposição pra me usar também, do jeito que você achar melhor. Te devo essa e quero sair com você devendo pra mim. Ou empatadas, amiga, que todo mundo ganha. Você entrou na minha análise como um movimento que até agora não aprendi na faculdade como que chama. Não sei se é resistência, muleta, organização ou o quê. Mas funciona. Inclusive eu descobri que sou bem eficiente nesse negócio de fazer funcionar, porque tudo funciona pra mim, eu sou demais de competente. Mas nada é de graça, né amiga? Você não sabe disso porque você paga tudo à vista, no ato e sem parcelar. Você é um modelo de economia