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Showing posts from 2010

a fase da balada

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Quando eu era mais nova e via a galera da balada eu achava que eventualmente eu iria crescer e ser uma dessas pessoas. Uma dessas meninas que lota a cara de maquiagem, põe salto e vai dar vexame na noite. Daí eu cresci. De fato, foi meio assustador perceber que eu de repente tenho 22 anos, estou no auge da idade da galera da balada e ainda assim, não sou dessas. Não sou dessas que morre sem um puts-puts, que demonstra o mínimo interesse em algo como uma rave. Aqueles banners do msn que falam de uma balada sensacional exclusiva private special na Austrália me dão sono. Na verdade não, na verdade eu sempre penso que seria legal ir pra Austrália porque aí eu ia enfiar a balada no cu e ia pra praia. Eu sempre prefiro praia, samba, sertanejo que seja. Prefiro uma coisa mais vestidinho e havaianas. Eu não sei o que é line-up. Mas eu sei o que é open bar. Porque assim, não é que eu tenha passado dos 14 anos direto pros 47. Eu gosto de sair, beber, me divertir e o cacete. Mas eu simplesment

estação tucuruvi

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Você também anda pra cacete de metrô, você sabe do que eu tô falando. Na estação tucuruvi, quando você passa a catraca, tem que olhar pra ver de qual lado vai surgir a ~composição~ né? Porque a plataforma tem dois lados e você não é vidente. O pedaço do gato é assim. Tem duas plataformas. Dá seus pulos, gatão.

indecisão, prazer.

Estou enfrentando uma crise de identidade. Não sei se quero tumblr, não sei se quero blogger. Me deixa! (mas tá rolando ainda o http://pedacodogato.tumblr.com)

gente

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gente que usa nextel no viva-voz. gente que mastiga de boca aberta. gente que canta no ônibus. gente que batuca. gente que rialto . gente que vive em função de um time de futebol. gente que anda na paulista como se estivesse passeando no shopping. gente que fica na porta e não vai descer. gente que fala menas . gente que fala naonde . gente que fala niquem . gente que odeia falcidade . gente que fica anciosa . gente que não sabe ortografia. gente que odeia ler. gente que trabalha com recreação e não bate o cartão. gente que é eclética. gente que passa 48 itens no caixa rápido 10 volumes. gente que acha que faculdade boa é a que tem festa boa. gente que acha que atua. gente que acha que canta. gente que não come carne. gente que é fã de cqc. gente que cita danilo gentili. gente que é o danilo gentili. gente que não gosta de sushi. gente que twitta formspring. gente que usa calça jeans feia. gente feia. gente chata. gente boba. todas essas gentes me irritam.

la decisión

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Quando eu era pequena eu tinha um primo da minha idade que morava em Ubatuba. Eu passava minhas férias lá e eu adorava meu primo. Ele era sensacional, ele fazia tudo sozinho, ele subia em pedra e, gente, ele surfava. Sempre achei fascinante o fato de uma pessoa que era do meu tamanho conseguir ficar em pé em uma prancha. A gente era criança, catso! Como ele conseguia? E eu ficava só no bodyboard esquema. Daí eu fui crescendo e ele continuava sendo o primo surfista fascinante. Claro que depois dos 11 anos ele passou a ser o primo surfista delícia, néam? Mas o fascínio continuou. E o surfe sempre foi sinônimo de nossa que daora . Gente, eu sou uma mulher madura, pago minhas contas, sou independente e gata. Vou passar os próximos meses com a oportunidade de ir pra praia várias vezes por semana. Por que merda que eu não posso simplesmente fazer parte do fascínio? Vou aprender a surfar.

it is gone

A year ago I was in the middle of a treatment for a disease that - a year ago - I had no idea how worse it would get. Thank God, right? Have I knew what I was about to face, I'd probably get depressed or something like that. Anyways, it's gone. A year ago I was getting more and more fat and ugly. People would give me their seats on the bus because they thought I was pregnant. I thought I was pregnant too. But it's gone now. I'm slim and sexy again (or am I?). It's gone. Seriously, it's gone. You're only sick while you see yourself as a sick person. A year ago I was seeing myself as a sick person, my family and friends were sorry for me. I was sorry for me. I was sick indeed after all. But it's gone. I promise, it's gone. I'm healthy as fuck right now. Mentally healthy, also. 'Cause it's gone. Despite what the doctor said, baby, it's gone. So please, I'm begging you, don't cause me any more trouble, ok? I've had enough alre

barulho irrita

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O barulho irrita. Porque ele entra dentro do seu cérebro e impede que você ouça seus próprios pensamentos. O que é o cérebro sem pensamentos? É neném sem chupeta, Claudinho e coisa e tal. E Esse post começou no meio do barulho. Barulho de palmas estridentes em uma sala sem janela. E de música alta saindo da caixa que também tem um microfone. O barulho está entrando no meu cérebro e não está deixando eu ouvir meus próprios pensamentos. É que nem digitar sem ler o que está escrevendo, é freestyle. Eu já escrevi seu com c. Mas algumas pessoas acordaram e hoje não se importam com o barulho. O cérebro nem percebe que tem coisa demais rolando pelos ouvidos. Essas pessoas também não se importam com o frio nem com o calor. Não ligam se o bolo é de chocolate ou laranja, não estão nem aí para a afta ou pra unha encravada. Essas pessoas acordaram e deram bom dia para sua escova de dente e não se importaram em apertar a mais aquela pastinha de dente. Nem se importaram que alguém deixou a garrafa

filha de Rainha...

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Eu fico encantada com o Josias, que morou a vida inteira no interior do Espírito Santo, descrevendo como foi a primeira vez que ele, já adulto, viu o mar. Ele descreve como sendo uma sensação de tirar o fôlego, inacreditável. E deve ser mesmo, eu só imagino. Isso porque eu tive a graça de passar boa parte da minha infância (nas férias, pelo menos) em Ubatuba. Se eu disser pra vocês que lembro de cenas de quando eu tinha uns 4 ou 5 anos na praia do félix, vocês acreditam? Mas é sério. Eu lembro que eu só gostava de usar maiô e eu posso desenhar pra vocês as estampas dos meus maiôs favoritos. E lembro que eu adorava correr pra água e depois rolar na areia e depois correr pra água de novo. Pegava onda de bodyboard como se eu fosse gente grande e como se as ondas fossem grandes também. Das ondas eu também sempre gostei. Quanto maiores, mais legal. Quanto mais ralada eu voltava pra casa, mais feliz eu estaria. Ainda é assim. Por incrível coincidência, papai é instrutor de mergulho - esporte

fathers be good to your daughters

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As meninas sempre foram cor de rosa. Sempre cresceram com uma boneca na mão, sempre gostaram de imitar a mamãe e colocar maquiagem. As meninas sempre gostaram de enfeitar seus cabelos, sempre gostaram de bolsinhas, coisinhas fofinhas, rosinhas. Elas sempre foram assim. Mas alguma coisa deu errado nos últimos tempos. Porque hoje as bonecas nas mãos das meninas não são suas filhas, são modelos de vida. Elas não imitam mais as mamães, as mamães imitam elas. Elas não gostam mais de enfeitar seus cabelos, elas precisam enfeitar seus cabelos. Elas não são mais seres que também gostam de diminutivinhos. Elas só gostam de diminutivinhos. Elas são só isso. São só cabelo, maquiagem e rosa. Mais nada. A culpa eu não sei de quem é, mas a gente vinha vendo uma evolução igualitária de sexos. E ela parou aqui. Hoje você é mulher de verdade se seu cabelo é o mais liso do Japão, se o seu salto é o mais alto do Himalaia e seu rosto é o mais pintado do circo. Hoje você só é mulher de verdade se você nã

República Federativa de São Paulo

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O mundo ganhou mais um riquinho. A gente agora é parte do G4 que virou G5 porque a República Federativa de São Paulo tem grana, tem poder, tem tecnologia, tem gente bonita, tem metrô. A gente expulsou os menos favorecidos que pra cá vieram só pra lotar nossos ônibus, para pixar nossos muros, para construir favelas. E eles voltaram pra terrinha deles, morrer de fome bem longe das nossas vistas. Nossa grana agora é nossa e não temos que pagar nada que não seja de nosso próprio interesse. A economia vai muito bem, obrigada. Nosso país é sensacional. A gente é o irmão rico que saiu da casa pobre dos pais. Largamos aquela pobreza, saímos do morro. Só o turismo que não está lá aquelas coisas. Nossas praias mais bonitas são no norte do País e agora andam meio superlotadas por causa do preço da passagem internacional. Artesanato a gente não tem. Nem história. Nem origens. E nosso carnaval está lindo na avenida mas só na avenida. Os trios elétricos não têm mais o sotaque baiano, o povo aqui fic

festa da firma

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Mas tudo bem também. Você trabalha no banco, no escritório, na firma. E você gosta disso. Tudo bem. O mundo precisa que existam muitas pessoas como você, que gostem do papel, da gravata, do progresso. O mundo precisa mais de você do que de mim. Eu entendo, eu respeito. Tudo bem. Meu irmão é uma das pessoas que eu mais admiro na vida. Ele trabalha no maior banco de investimentos do mundo. Ele fez 82 anos de cursinho porque quis estudar na USP. E estuda. Faz um desses cursos mei chatinhos mas ele gosta. Aí que tá, o cara gosta. Faz o que gosta. Faz bem o que gosta. Por isso não se deprima #menudos só porque você não conhece o caribe. Não pense que eu penso que só o meu sonho é que é legal. Você faz o que gosta, você tá arrasando também. Cada um na sua felicidade, cada um no seu caribe. Só não me pergunte quando eu vou começar a trabalhar ~de verdade. Nunca.

Dear NatGeo,

Venho por meio deste respeitosamente informar que a minha religião não é freak show. Eu sei que deve parecer fantástico e assustador o fato de algumas pessoas serem otárias o suficiente para acreditar em espíritos e em galinha preta morta na encruza. Mas a gente que é otário tem muito orgulho disso e é extremamente desagradável quando tratam nossa fé como uma bizarrice. Sei que documentários sensacionalistas são um doce que atrai a abelinha da audiência mas, se possível for, evite fazê-los quando se trata de religião. Vamos falar dos absurdos ambientais que provém do seu país. Ou da corrupção bestial do meu país. Pautas intermináveis, ficadicaí. Agora, se querem falar da Umbanda, falem direito. Contem a história inteira, expliquem os porquês, expliquem as origens. Falem a verdade porque a verdade já é fantástica o suficiente para se encaixar no seu Tabu América Latina, sério. Só não me faça parecer uma doida que fala com espíritos do além porque ó: soa mal. Yours sincerely, Natália

em Cozumel

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Lá em Cozumel tem umas pessoas que acordam todo dia com o sol da manhã. Tomam café da manhã e vão para a praia trabalhar. Porque essas pessoas trabalham na praia. Em Cozumel. Aí eles esperam os milhares de passageiros dos pelo menos 3 navios que lá aportam todo dia. Porque os passageiros descem e, claro, querem conhecer o mar porque afinal eles estão em Cozumel. Então procuram aquelas pessoas que trabalham na praia, pagam 50 dólares e aquelas pessoas bacanas acompanham os turistas em um mergulho de 40 minutos. E a mesma coisa acontece 5 ou 6 vezes por dia e, portanto, aquelas pessoas ganham mais ou menos 300 dólares cada vez que o galo canta. Em Cozumel. Daí os passageiros voltam para seus navios e vão embora. E as pessoas bacanas da praia voltam para suas casas bonitas e têm a noite caribenha para aproveitar. Elas têm o céu estrelado e o calor do trópico. Em Cozumel. E depois dormem para no dia seguinte poderem mergulhar mais e ganhar mais dinheirinho gostoso. Em Cozumel. Eu sou mergu

os sonhos

Daí a gente saiu do Centro ontem e fomos cada um pra sua casa. Eu cheguei na minha, tomei banho e fui dormir um pouco antes do churrasquito tradicional. Nessa que eu dormi, sonhei que eu estava no Centro, indo embora. Aí minha madrinha falou pra eu ir no carro dela, pra gente parar no Mc Donald's. E eu disse: - Não, madrinha, num posso. Eu tenho que ir pra minha casa, dormir e sonhar com isso que eu tô sonhando senão a gente num vai poder ter essa conversa. PERCEBERAM O PARADOXO?

farabutto

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Novela é uma das coisas de que o brasileiro deveria ter mais orgulho. Não há em nenhum outro país essa coisa que a gente tem aqui, essa paixão, essa qualidade, essa tradição. Somos mestres. Talvez você seja uma daquelas pessoas que acha que as novelas são uma ferramenta alienadora da sociedade. Se for, por gentileza, moa cacos de vidro e introduza em seu ânus. Você sabe bosta nenhuma de sociedade. Porque a novela é um símbolo de muitos significados no cotidiano brasileiro. Ela interage com a sociedade porque se espelha no brasileiro e é onde o brasileiro se espelha. É só ver o tanto de gírias e expressões que viram cotidianas na nossa linguagem diária. Os temas que a novela aborda são temas de conversa e, claramente, temas aos quais as pessoas passam a dar atenção. Além de ser ela própria o assunto das conversas de tantas mulheres (e alguns homens) que trabalham o dia inteiro ou não mas que têm o direito de descansar a mente e o corpo na frente da tv. Os personagens entram na nossa men

não está tudo bem, arco-íris

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Let's rain in the wet again e falar mais uma vez da pior praga que já assolou a juventude desde tênis com rodinhas: mania colorida de ser. Estou aqui dando minha opinião inteiramente sócio-comportamental, vou nem entrar no mérito musical da coisa porque não é essa a questão. O problema aqui é que estão enganando nossas crianças. Esses meninos que usam calça rosa e laranja e saem por aí espalhando o amor têm uma mensagem superficialmente bonita e libertadora. Porque se você pensar, é legal que a nova geração esteja nessa vibe feliz e alegre depois da era emo. O problema, no entanto, é a sexualidade envolvida na coisa. Coloridinhos parecem viadinhos mas dizem que não são. Amigos, eles são. Talvez não todos (sim, todos são) mas a grandissísima maioria é. E dizem que não são. Mas são. Entenderam o problema? Você fala pra uma geração que it's okay usar rosa e parecer uma menina, mas você nega que seja gay. E as crianças acreditam, ué. Que maldade eles têm? E aí você vê um monte de m

ciúme musical

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Já aconteceu com você, eu tenho certeza. Você um dia estava assistindo um filme russo dublado pro francês legendado em espanhol na sexta aula de ética da faculdade. Sete alunos acordados na sala, os outros 43 dormindo. Inclusive você. Mas seu braço dormiu, te incomodou e você levantou a cabeça pra mudar de lado e nesse breve instante de lucidez, você olha para a televisão 29 polegadas exatamente na hora do filme que está tocando uma música que você nunca ouviu. Uma música boa, francesa. Você entra em desespero porque quer saber de todo jeito o nome daquela música mas não sabe francês pra jogar o ~trecho da música~ no vagalume. Assiste as 4h restantes do filme numas de querer ler o nome nos créditos mas eis que descobre que a professora gravou do TelecineCult e deu stop quando acabou. Ou seja. Aí você chega em casa e fica desesperado procurando no IMDB todas as informações sobre o filme, joga no google algumas palavras-chave, pergunta em 38 fóruns de cinema. Ninguém sabe o nome da músic

Porra, Capricho!

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Com a Capricho eu aprendi que se o gatinho tá te paquerando na balada, você tem que se fazer de difícil. E que para beijar de língua era só enfiar a língua na boca do sujeito e tentar alcançar a guela do mesmo. Também aprendi que se um garoto me encarou a noite toda mas não deu o primeiro passo, eu tenho que ir lá e me apresentar. Daí veio a vida. E a vida me ensinou que quando a gente tem 11 anos a gente nem vai na balada. Me ensinou que quando a gente beija, num precisa pensar em nada, é só tomar cuidado pra num engravidar (porque quando você vê, já foi, filha) e que se um garoto tá me encarando a noite toda e num fez nada é porque ele é gay e ou adorou a minha roupa ou adorou o meu amigo. E a vida também me ensinou que ler dicas de relacionamento é tão eficaz quanto aspirina contra a aids. Porque a vida me ensinou que os caras são sempre inconstantes e por mais mulher perfeita que você seja, sempre vai dar merda até o dia que não der mais merda e aí a gente casa. Agora, quer dar di

saudade não tem no inglês

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Foi em um dia meio feio que eu descobri o que significa saudade. Aliás, achei que tivesse descoberto. Porque eu achei que aquele desespero misturado com choro era saudade. Não era, saudade não deixa a gente triste. Aquilo era tristeza mesmo, pura e simples. Mas só sei disso agora. Até então eu achei que aquela dor era saudade e passei temer a saudade mais do que dia do flúor no Sesi. Cheguei a entrar em choque e voltar de Miami por causa do medo que eu tinha de quando eu sentisse saudade. Ia doer demais, eu não estava preparada pra sentir aquilo de novo. Quem dera eu tivesse sabido da verdadeira saudade antes de abril. Tudo bem, agora eu sei. Agora eu sei que quando a gente sente saudade, a gente sorri. Porque a gente só sente saudade de quem a gente ama e é diretamente proporcional o tamanho da saudade para o tamanho do amor. Quanto mais saudade, mais amor. É óbvio. Tão óbvio é então sorrir cada vez que você pensa em alguém que ama tanto. Tão óbvio é então sorrir por ter alguém que v

3-yeas-old daughter

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Eu não comecei a vomitar um dia e achei estranho. Não fiquei com vontade de joelho de porco nemfazia xixi a cada 16 minutos. Não foi minha bolsa que estourou, não foi do meu útero que ela saiu. Mas eu tenho uma filha. A minha filha tem 3 anos, uma mãe e um pai que criam e educam e alimentam e dão carinho. Mas ela é minha filha também porque só sendo minha filha é que se justifica o amor inacreditável que eu sinto por ela. E ela é tão pequena, ela mal sabe as cores. E sabe pontos de exu, qué dizê. Engraçado perceber que não é só uma questão de simpatizar com uma criança engraçada. Todo mundo simpatiza com ela, você simpatizaria. Porque sério, ela é de outro mundo. Brisa mais que o Bob, fala mais que a nega do leite, lambe as pessoas e tal. Mas não é só brincar com ela de dançar balé, é amor mesmo. De filha. Porque ela ficou doente ontem. E veja você que eu nunca tinha presenciado nada do tipo (e nem presenciei dessa vez, só soube pelo telefone). Derreti de preocupação, fiquei tensa, dor

História da Minha Vida

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Ela: moça de família, estuda ou trabalha, visita a vó nos finais de semana, gosta de comer bis e não trepa há algum tempo. Ele: moço de família, estuda ou trabalha, joga bola com os amigos toda quinta, tem foto com garrafa de vodka importada no orkut. Os dois de repente se encontram pela primeira vez na balada ou já se conheciam e até tinham marcado de sair juntos. Eles bebem como todo mundo, eles se pegam em um canto, eles querem a mesmíssima coisa. Daí no dia seguinte tá tudo meio acontecendo em função de uma ressaca física e moral porque carro estacionado no Extra não é exatamente motel. Segunda a vida continua e as dúvidas começam. Ela fica meio chateada que ele não ligou mas se ele tivesse ligado ela ia ficar meio irritada e ia reclamar que os homens andam meio chicletinhos ultimamente. Ele não liga mas pensa em ligar mas nem sabe por que pensou em ligar. E não liga. Sexta chegou. Ela queria que ele ligasse porque passou uma semana e foi uma semana sem trepar e gente, semana de pr

the magical art of procastinating

Rodolfo acorda todo dia às 6h35 mas só levanta às 6h45, depois que o snooze repete a impiedosa mensagem: chega de dormir. Levanta, toma café, vai sonado para o trabalho. Reclama da vida, reclama do chefe, reclama do preço do quilo, reclama do calor e do frio, reclama do trânsito. Chora toda segunda, se alegra toda sexta. Inveja os ricos e vagabundos que nada fazem o dia inteiro. Como ele queria não fazer nada o dia inteiro... Um dia Rodolfo é demitido. Corte de custos, nada pessoal. Rodolfo se vê em uma tristeza misturada com alegria sem fim. É duro perder o emprego mas olha, seis meses vivendo às custas de mesada do governo nem dói. Ele então decide que está feliz e vai passar todo esse tempo morgando em casa, coçando até fazer ferida. Na primeira semana ele dorme até meio-dia, come trakinas e miojo, assiste tudo que tem na tv e não acredita no tamanho da sua sorte. Que semana feliz. Que semana feliz que já vira uma semana normal na segunda vez. E a terceira já é meio entediante, Rodo

seriously, brasil? itaquera?

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Faltam quatro anos ainda para a Copa no Brasil. Eu sei que nesses quatro anos muita coisa vai ser falada, a gente vai esquecer que vai ter copa, depois vamos lembrar de novo, o mundo vai acabar em 2012 e não há motivos para se estressar antes do tempo. Mas eu me estresso. Rola um boato (até a inauguração é boato) que o Corinthians resolveu construir um estádio. Mas já? É, então. E esse estádio será na maior concentração de conrinthianos do mundo. Prisão? Não, quase. Itaquera. E dizem ainda que a fucking abertura da fucking Copa será lá. Em Itaquera. Nem vou entrar nesse mérito de que gente, Itaquera porque em quatro anos, as far as I know, Itaquera pode virar o novo Morumbi (bairro). Itaquera. Enfim. Mas aí o cérebro abrilhantado de dois ex-detentos piscou numa idéia genial de pixar o muro do CT do São Paulo, dando uma zoadinha de leve, dizendo que a Copa é deles e que o São Paulo é freguês. Então assim, ou alguém avisa que essa porra desse evento deve ser de comoção e união naciona

creme de milho

I take a couple uppers I down a couple downers But nothing compares To these blue and yellow creme de milho I've been to mushroom mountain Once or twice but who's countin' But nothing compares To these blue and yellow creme de milho Some get a kick from cocaine I'm sure that if I took even one sniff That would bore me terrifically, too Yet, I get a kick out of creme de milho And I... will always love creme de milho

the dying material

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Eu vou ser bem sincera com vocês, eu tenho muito medo de morrer. Não porque eu temo o que vá acontecer com a minha nobre alma ou coisa do tipo. Nem acho que vai doer nem nada. Mas gente, eu sou muito o tipo de pessoa que morre, sabe? Porque pensa, meu velório. O que as pessoas diriam? Que eu era a alegria dos lugares que eu ia, que eu estava sempre de bom humor, que eu era especial com aquele jeitinho só meu. Que era meio maluca com essas coisas de recreação. Ai, Natália, só ela mesmo né? Num ia ser essas coisas? E isso num é bem o tipo de coisa que as pessoas falam em funerais de gente bacana que nem eu? Cara. Sério. Eu vou muito morrer logo. Até porque, vamos lá. Vamos encarar os fatos. Você aí de casa já me imaginou casando? Tendo filhos? Tendo um emprego normal, virando gente? Não, né? Nem eu. Porque eu acho que eu sou muito intensa, muito over na vida. Porra, eu tenho 22 anos e já tenho história pra contar por mais 22. Já vi e vivi quase tudo que as pessoas normais viveriam em 70

the loyalty

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Lealdade é a qualidade mais rara de um ser humano. É do nosso instinto ser egoísta, mesmo que inconscientemente. As escolhas que fazemos muitas vezes colocam os nossos próprios interesses em cheque. Mais uma vez, mesmo que inconscientemente. Porque se você não quer magoar seu filho com a verdade de dizer pra ele que o peixinho dele morreu, você está pensando em si mesmo. Você não quer ser o cara cujo filho está magoado. Esta magoa te magoa também. E você mente, omite, é desleal. Não existe fazenda de peixes e, se existisse, o caminho para lá não seria a descarga. Ficadicaí criançada! Por isso eu digo que ela é rara, ela quase não existe. Quase. E você vai saber quando encontrar com ela nas ruas ensolaradas porque ela te cala e te arrepia. Mas preste atenção na sua vida, nas coisas que acontecem, nos season finale. Porque a lealdade vem disfarçada de outras coisas e às vezes você nem se deu conta que ela estava lá. E eu te digo que quando você percebe ela lá, o que tá em volta parece id

any given tuesday

Eu dormi de short e camiseta. Não precisa de muito pra me deixar feliz, basta que eu durma de short e camiseta. E acorde para colocar minhas havianas e andar pela casa ensolarada, de janelas e portas abertas. Abertas por causa do calor. Não precisa de muito pra me deixar feliz, basta que esteja calor. Aí eu liguei pro cara e expliquei pra ele que eu preciso embarcar. Porque está calor e o calor me lembra praias, me lembra cervejas, me lembra que eu tenho 22 anos e ainda tenho muitas praias para conhecer e ser feliz. Não precisa de muito pra me deixar feliz, basta que tenha praia. E quando a pessoa trabalha em um navio, taí uma coisa que ela vê bastante: praia. Daí eu fui lá pra paulista ver minha amiguinha cantar. Cada vez que eu ouço essa menina cantar, eu acho que ela tá cantando melhor ainda, como se possível fosse ser melhor do que ela já é. Era música boa e eu fiquei feliz. Não precisa de muito pra me deixar feliz, basta que tenha música boa. Depois eu vim pra casa em um trem est

the bifurcation

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E como se o Universo lesse meu blog, o dia da bifurcação chegou e é hoje. Imagine você, amigo leitor, que eu tenho que simplesmente decidir meu futuro eterno da próxima semana até amanhã. Eu tenho que decidir se eu quero trabalhar em uma agência de publicidade com criação - que é o que eu estudei 4 anos para fazer - ou se eu vou mesmo embarcar em novembro - sabendo que cerca de 78 coisas podem acontecer que me impedirão de embarcar mas é o que eu quero fazer. E ai? Eu paro de graça e fico na agência que tende a crescer e me fazer feliz e milionária? Para ter um salário fixo, crédito aprovado, carro, notebook, responsabilidade, natal com a família? Ou eu embarco, acordo em um lugar por dia, trabalho com o mar de fundo de tela, mantenho o bronzeado, ganho dinheiro, proporciono viagem baratinha pra família, conheço a europa? Mas será que eu não vou ser aquela pessoa que sofre todo domingo a noite porque tem que trabalhar na segunda? Eu não vou ser aquela pessoa que envelhece prometendo qu

a ilusão

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E por falar em assunto batido e exaustivamente discutido, eu vou contar pra vocês a história da minha vida. Que talvez você aí de casa que está assistindo o nosso programa possa se identificar também. Era uma vez uma menina que cresceu no Brasil com um monte de gente legal e interessante que contava histórias muito bacanas sobre viagens e estilo de vida. Ela assistia muitos filmes que inspiravam seu futuro. Ela lia livros e via muita gente famosa que não seguia os padrões que a sociedade ~impõe~ e ela achava tudo aquilo um máximo. Ela sonhava em viajar com a mala e a coragem nas costas, sonhava em conhecer o mundo, cidades doidas, cidades famosas, cidades legais. Ela pensava em tirar muitas fotos, escrever livros e ir no Jô contar as histórias mais legais. E todas as pessoas apoiavam a menina e diziam que é isso aí, tem que viver a vida ao máximo mesmo . Pique comercial de fim de ano. Mas aí um dia a menina cresceu e entendeu que não é bem assim. As coisas não são simples assim, a con

retweet

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Tudo que é extremista faz mal. Extremismo, radicalismo, fanatismo, tudo burrice. Tudo cegueira. Porque nada é absoluto, nada é completamente bom, nada é completamente perfeito. Portanto, nada merece nosso fanatismo radical e extremo. Essa regra vale para tudo e tudo mesmo. Até amor, até canja de galinha. Porque se você ama demais, você precisa de ajuda da MAD ~ mulheres que amam demais ~ que por absoluta coincidência é mad de doida . E canja de galinha, minha filha, vai óleo, frango e sal. Você super pode morrer disso. Tudo tem defeitos, tudo tem dark sides (até a força), tudo tem cu sujo. Por isso, quando você ama uma coisa acima de todas as coisas, você está meio que assinando um atestado de imbecil. *parágrafo religioso do dia* Até as pessoas que são extremamente fiéis, extremamente adoradoras de Deus, de alguma forma estão ramelando no esquema: porque se você se priva de viver por causa de Deus, você está falando pra Ele que ó, valeu ai por ter criado o mundo, a música, as festas

Um bilhete

Eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer. Vou desenhar. Sal sal sal, salsicha hot dog. Mas é estranho quando um monte de coisa boa acontece bem quando eu tô super cansada e preocupada com outras coisas e quero escrever sobre uma coisa e outra e outra mas num escrevo sobre nada porque Deus resolveu acabar com o aquecimento global HOJE. Fica aí um bilhetinho então. Saudades, Beijo

Hospital Universitário e os Ônibus

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As pessoas curtem um drama. E quando você curte um drama, o drama curte você. Porque veja vocês que eu não tenho convênio desde 2002 e como todos vocês sabem, eu fiquei doente. Tive um monte de perrengue. E esse perrengue todo eu passei no Hospital Universitário, que é público e taí pra atender você também, amigo do Butantã! Eu sempre sempre fui bem atendida lá, as demoras e filas que eu enfrentei foram por causa do grande número de pessoas que às vezes lá estavam. O que aconteceria da mesma forma se fosse no São Luis. Muita gente demora aqui e em qualquer lugar. Meus médicos são tops de linha, sensacionais. Os exames ficam prontos em uma velocidade absurda e eu posso ver os resultados pela internet. A comida é boa, as enfermeiras são bacanas. Mas isso tudo comigo, porque com as outras pessoas a coisa é muito pior. Ou deve ser, porque só vejo nego reclamando e reclamando. Eles vivem um puta drama no hospital. Eu não. Que é a mesma coisa com os ônibus da cidade. Aqui não falta ônibus, n

política, por natália rodrigues

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Queridos amigos leitores deste humilde blog, venho por meio deste humilde post explicar minha humilde opinião sobre a política, trend topic worldwide nesses últimos dias. Eleições é a nova Copa do Mundo. Eu quando estudava, lia jornais e era extremamente bem informada, tinha uma opinião política bem forte e consistente. Eu inclusive tinha opiniões para cada relação de tensão mundial, guerra do Iraque e tal. Meu sonho era ser do Hamas, pra que vocês tenham ideia do nível de radicalidade da minha cabeça. Naquela época eu discutiria alegremente sobre as questões sociais que assolam nosso país, debateria o debate, analisaria cada candidato e, por fim, votaria conscientemente. Mas aí eu cresci, bebi, fumei maconha, lambi cogumelos e tal. Entrei na faculdade de Publicidade, virei cadela do capitalismo, passei a entender os conceitos de lobby, market share, absorvente interno, bolsa de valores, exportações e importações. Aí percebi que política é meu cu, que a economia controla o mundo e o mu

a nova onda do imperador

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Seu doutor faça o favor de me trazer depressa uma decisão quente e uma solução que não seja requentada. Porque dessa vez eu tenho ao meu favor o tempo, os meses, o conhecimento. Se for pra fazer que nem no BOPE, faça logo. Fatiou, passou. Porque eu preciso embarcar, doutor, por mais motivos do que eu posso explicar aqui. É uma droga, eu sei. E eu viciei nessa droga, eu sei. Mais um ano que eu não sou levada a sério nas conversas de família. Mais um ano de uma salva de palmas para o meu irmão-exemplo, que faz usp, tem um empregão e um carro bacana. Ele planejou assim e fez assim. Eu não planejei nada e agora eu não tenho nada, segundo essa perspectiva diferente da minha que as pessoas têm. Poucos são os que me entendem completamente, até porque eu mesma muitas vezes esqueço por que é mesmo que eu não tenho carteira assinada. A beleza é rara e é aquela beleza que a gente ouve falar no filtro solar. Eu vou ser aquela pessoa interessante de 40 anos que ainda não sabe o que quer. Mas vou te

comédia

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O que é ou não engraçado varia muito de pessoa pra pessoa. Eu tenho uma teoria que varia inclusive de acordo com o seu grau de instrução. E não estou falando de 'humor inteligente' que é zoar com deputado em prol da ~cidadania~ que todos devemos ter. Porque até o episódio mais tonto de Bob Esponja requer um pouco de fineza do cérebro da pessoa: ele precisa saber que é hora de parar de funcionar e relaxar. Mas eu nem vou entrar nessa questão porque eu não quero. E hoje na verdade eu já abri o blog pra falar dele, o melhor comediante que há na minha opinião: Luís Miranda. Esse mocinho tem com certeza um repertório muito maior e mais rico do que o que eu vou citar aqui. Porque os vídeos que eu vou colocar são os famosos, as músicas que tocam na rádio, sabe? Você já assistiu. Assista de novo, é gostoso. É engraçado, é cultural porque retrata os tipos do brasileiro. Tem palavrões mas são palavrões pontuais, que fazem sentido na frase. É um homem vestido de mulher mas não vestido de

na cama com Bieber

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Eu já gastei mais tempo falando mal do Justin Bieber do que procurando emprego. Mas venho por meio deste dizer a vocês que eu hoje posso dizer com sinceridade que eu gostaria de ter relações sexuais com o mesmo. Ou seja, quero dar pro moleque. Pelos seguintes motivos: 1. Eu seria a primeira vez dele Vocês podem achar que não, que ele deve ser mó comedor e tal por causa da fama e tal. Mas gente, se ele tem aquele corpinho de Kids2 é porque ele nem punheta direito bate ainda. E é muito legal saber que você é a primeira vez do cara porque você pode fazer o que quiser e ele vai achar o máximo do máximo. 2. Adeus cabelo de mulher Como a gente ia estar no afã da situação, eu iria disfarçadamente passar a 2 na cabeça dele e depois daquela noite ele ia não só ser um homem - ia parecer um homem. 3. Aloprando a criançada Eu só ia chegar nas menininhas-hóspedes-primas e dizer "ah, o bieber? sei quem é... JÁ FIZ" e elas iam se remoer de ódio e rancor e inveja. E raiva. Fora que né gente?

too bicha to tweet again

eu só quero que você saiba que eu estou pensando em você mas te quero livre também resume tudo.

too big too tweet II

Uma vez um grupo grande de pessoas que se conheciam foi pro hotel. Aí tinha duas meninas mais ou menos da mesma idade. Elas eram absurdamente idênticas. - Vocês são irmãs? - Não tia. - São primas então? - Não, só amigas. Nossas famílias se conhecem há um tempão. - Hum. Entendi. Papai viaja muito?

O Vício

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O menino um dia viu o pote cheio de balas em cima da geladeira. Quis experimentar uma daquelas balas porque né? Criança gosta de doce. Aí ele pediu pro pai dele se ele podia pegar uma bala depois do almoço. O pai deixou. Ele foi lá e pegou. Todos os dias depois do almoço o menino pedia ao pai se podia pegar uma bala e todos os dias o pai deixava o menino pegar. Todos os dias. Um dia o menino perguntou se podia pegar uma bala depois da janta também. O pai dele deixou. E a partir daquele dia, todos os dias o menino perguntava se podia pegar uma bala depois do almoço e depois perguntava se podia pegar uma bala depois da janta. Semanas se passaram. Meses se passaram. Todos os dias o menino pedia ao pai se podia pegar uma bala, mesmo sabendo que o pai ia deixar. Então um dia ele pegou uma bala sem pedir.

Larissa Riquelme

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Eu não sou daquelas mal amadas que acham que os homens têm que pensar com a cabeça de cima e morrem de ódio quando alguma ~gostosa~ faz sucesso. Até porque né? Eu sou gostosa também (nã0). Mas gente, Larissa Riquelme. Vamos lá, quem é Larissa Riquelme? Deus é testemunha que eu, em minha humilde inocência, achei que ela tinha algum tipo de parentesco com o Riquelme, ignorando totalmente o fato de que ela é paraguaia e o Riquelme é argentino. Mas enfim, se fosse o caso eu até semi entenderia. É aquela coisa de sua irmã é gostosa, vamos tranformá-la em wallpapper. E qual não foi minha surpresa ao descobrir que não, eles não têm nada a ver um com o outro (com excessão do sobrenome mas até aí, eu e Rui Barbosa tamo junto). E ficou no ar a minha dúvida: who da fuck is Larissa Riquelme? Resposta: uma peituda. E toda a américa latina (Brasil) fez dela uma estrela de cinema porque ela é peituda e estava torcendo pro Paraguai. Tipo, né? E ela disse que ia ficar pelada se o Paraguai ganhasse. Oi?

nhom

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A Melhor História do Mundo

Eu tinha esse aluno da primeira série que sempre me olhava com cara de bravo toda vez que eu chamava ele. Um dia eu perguntei: - Jefferson, por que você faz essa cara? - Porque meu nome não é Jefferson, professora, é Jonas. Jefferson é meu irmão. Fiquei desesperada, reli a lista de chamada mas lá só havia um Jefferson Souza e nenhum Jonas. Achei estranho. Fui verificar na secretaria e descobri que de fato, ele tem um irmão 4 anos mais velho que se chama Jefferson. Procurei nos registros deles suas certidões de nascimento porque com certeza haveria ali um segundo nome para explicar toda a confusão. Qual não foi minha surpresa quando descobri que os dois irmãos tinham exatamente o mesmo nome: Jefferson Ribeiro Souza. Absurdo. É um absurdo uma mãe colocar o mesmo nome nos dois filhos. E os dois são do mesmo pai e mãe. Absurdo, deve inclusive infringir alguma lei, sei lá. Chamei a mãe na escola para que ela explicasse o acontecido. Olhe, professora, eles tem o mermo nome sim mar a culpa fo

Dear Sigmund,

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Eu tava na sala vendo o jogo. Era meio que de noite já e umas emas começaram a entrar em casa. Certa de que minha mãe ia ficar brava, toquei as emas pra fora e fechei a porta, ao mesmo tempo que eu falava "ema, ema, ema, cada um cos seus problema". Já lá fora uma das emas me liga desesperada pedindo pra eu alterar a apresentação de powerpoint delas. Mas ela ligou no nextel. Aí eu falei "ema, presta atenção: isso é um nextel, você não vai conseguir falar comigo porque tem que apertar o botão. Pede ajuda pra alguém". Afinal, emas não têm dedos para apertar o botão, apenas bocas para falar comigo. Aí meu tio atendeu e pediu pra eu reduzir a apresentação delas para NO MÁXIMO 3 minutos. Deletei uns vídeos e quando eu fui arrumar tudo no pendrive, meu celular tocou de verdade e eu acordei. Você não é fodão? Analisa aí, Freud.

regret

Regret is a forbidden word around here. I fully understand why. But sometimes and sometimes only I feel this unamed feeling that looks a lot like regret. It comes with guilty, guilty for being regret. What should I do about it? Lie? Can't be done, one cannot lie to oneself. I try my best to rethink and find reasons why I did the best thing to do. But I usually fail at it for it is also a self lie. I have been scared these days. I was told I will not be able to put myself together the way I thought I would. I am scared to think of the reason, you know? Hope it's not hospital related, cemetery related or some other kind of pain related. To be quite honest, I hope this is just another matter of misunderstanding. I use english when I'm being too girly so that you don't waste your time on posts that are not worth. But I'm guessing I might have to learn french, huh? :)

hábitos de leitura e a profissão de mamãe

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Eu gosto de jogar vôlei. E se você me disser que não gosta de jogar vôlei, eu vou entender. Às vezes a bola machuca o punho, tem que correr, tem que olhar pro sol, tem que pular na hora certa, tem que ter força no braço. E você talvez não goste disso. Eu gosto de sushi. E se você me disser que não gosta de sushi, eu vou entender. É peixe cru, arroz gelado e alga. Seu paladar pode não se dar bem, você pode ter tido algum tipo de trauma, você pode criar salmão em casa e ter dó dos bichos. E talvez você não goste de comê-los. Eu gosto de filmes de drama. E se você me disser que não gosta de filmes de drama, eu vou entender. Porque de drama, já basta a vida. Filmes são para se relaxar e não para ficar pensando. Filmes de drama podem te entristecer. E talvez você não goste de ficar triste. Agora, não me diga que você não gosta de ler. Porque ler não exige o menor esforço, você só tem que correr seus olhos pelas palavras. É automático, você não consegue olhar pra uma palavra e não lê-la. Seu

eliminación

a desclacificação dói no corpo, dói na alma. mas temos que ter orgulho e defender nossa seleção sempre. - Juan Pablo Sorín Muito bonito, José. Você pagou 180 reais na camisa oficial do Brasil, foi trabalhar com ela. Colocou bandeirinhas no carro e na varanda do apartamento. Cantou, vibrou, tocou vuvuzelas. Soltou fogos, comemorou, fez churrascos e bebeu em todas as vitórias. Você era um brasileiro com muito orgulho, com muito amor. Com lágrimas nos olhos. Aí o Brasil perdeu e você fez o que? Colocou fogo na bandeira, cuspiu no chão. Arrancou a camiseta e morreu de ódio. Chamou Felipe Melo de FDP, chamou Dunga de burro. Teve ódio e, de repente, vergonha. Que belo brasileiro. Agora perde a Argentina e você acha graça. Perde a Argentina e você volta a sorrir, agora da desgraça dos hermanos. Você se sente vingado porque sua seleção perdeu mas a deles também. Você torceu contra e agora que a Argentina saiu da Copa, de repente o Brasil volta né? Não, não volta. E eu tenho inveja dos porteños

Maldição Jagger

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Sociologicamente é interessante observar os efeitos que o Brasil perdendo na Copa do Mundo tem. Algumas pessoas rezam e torcem a a camisa até o último segundo e ainda ficam um tempo sem acreditar (eu). Outras já põe aquela pose de ainda bem, agora o Brasil volta a trabalhar como se não sentisse nem um tiquinho de tristeza (meu pai). Outros levantam e vão fazer o almoço porque né? (minha mãe). Os comentários são dos mais sentidos aos mais debochados. Falemos mal do Dunga, falemos mal do juíz, falemos mal da Holanda. Falemos mal até do Mick Jagger que é a razão real incontestável da nossa derrota . Mas por favor, não falem dos jogadores. A gente perdeu, a gente saiu. Mas vocês têm que concordar comigo que não foi o vexame de 98. Não foi feio, não foi desonroso. Os caras ficaram perdidos em campo, desesperados. Como eu e vocês ficaríamos também. A seleção entrou em choque junto com o país todo. Desculpa aê se a gente não é japonês sangue frio. Pra mim, Brasil perdeu bonito e pode vir pra

Cala Boca Já Morreu

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Tenho uma teoria meio óbvia sobre a obviedade do povo brasileiro - leia aqui: povo brasileiro que tem twitter. Falta personalidade. E isso a gente vê bem pelos Trend Topics porque eles refletem nossas mariavaicomasoutrices . Mas sério, Trend Topics merece um post só dele. Hoje o Globo Repórter mostra os mistérios do ódio infundado. Imagine você que o Galvão Bueno é o locutor mais pans que existe no Brasil. A gente cresceu ouvindo bem amigos da rede globo . A gente vibrou com ele no é teeeetra, é teeeetra . A gente arrepia com ele nos faz faz faz faz . E de repente, não mais que de repente, todos nós resolvemos mandar ele calar a boca. Pare um segundo para pensar o quão inconsistente é você mandar um locutor calar a boca. Pense no jogo inteiro onde o Galvão calou a boca. Pronto, já pode se sentir babaca. Amigos, vou dar algumas dicas pra vocês. A primeira delas é muito simples: pare de ser babaca. Você gosta do Galvão, você não sente a mesma coisa quando é outro cara narrando e as merda

succker

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Listen Americans, I don't know how to say that without hurt your feelings but you know that sport you call soccer ? That's football. I know, I know, you have your own football and all but seriously, guys, is that football? Do they even use their feet? I mean, yeah, sometimes they have to kick that thing you call ball (which is not a ball, really) like twice during the entire game and you have the guts to call the sport football? That sport's name should be runningball or violenceball or therestoftheworlddon'tgiveafuckball! Also, what made you think you could go against the flow and simply change the name inside your stupid country? When the whole fucking world call it football! Fuck, US! We all already hate you because of all the wars and stupidity, you just had to give us another goddamn reason to throw you airplanes, hadn't you? Can you imagine what would have happen to all sports if we simply decide to change the name of every sport we suck at? Because, reall

Oh, sadness!

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Sábado eu li um e-mail que eu não esperava ler. Aí aconteceu uma coisa muito estranha: de repente eu não queria mais ficar no computador, desci, deitei no sofá e lá fiquei por horas. Assistindo aos jogos mas nem curtindo, sabe? Só no vegetation. E eu nem estava com sono, achei tudo bem estranho. Só depois de muito tempo me ocorreu que eu tinha ficado triste. Gente, sério, dá pra contar nos dedos da mão do Lula o número de vezes que eu fiquei simplesmente triste. Porque eu não sou a Miss Sunshine, eu tenho altos e baixos que nem todo mundo. Mas os baixos são sempre raiva, dor, stress, sono, frio, medo ou fome. Nunca tristeza. Achei tão diferente ficar triste. É que nem ter cólica sem a dor. E de alguma forma a falta da dor não faz a coisa menos ruim. Estranho né?

Futebol e as Probabilidades

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Queridos leitores, sábado foi o casamento da minha prima. Sábado, 19 de junho. Nos 20 dias que antecederam o casamento fez um frio glacial na cidade de São Paulo. Minha mãe durante estes 20 dias comeu a minha mente com perguntas sobre o que eu iria fazer a respeito do frio porque meu vestido é de verão (todos são) e a sandália, o frio, a gripe, a pneumonia. Pois eu dizia a ela que calma mãe, até lá o tempo muda. Eu sei que é quase inverno mas a porra do tempo muda. E mudou, sábado fez calor. Esta introdução absolutamente irrelacionada ao futebol quer dizer que probabilidade é uma coisa que não existe. Sério, não existe. Principalmente no futebol. E me desculpe você aí de casa que é um fanático por futebol, entende pra cacete, sabe quem joga bem e está pensando que ela é mulher, ela nem sabe o que é impedimento . Em uma copa do mundo nada é do mesmo jeito que é quando não é copa do mundo. Moleque vira craque, craque vira contundido, Itália empata com Nova Zelândia. Por isso eu simplesm

Copa do Mundo

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Pra mim a Copa do Mundo é um Natal a mais a cada quatro anos. Junta-se a família toda, o país pára. As pessoas trazem comida, fazem churrasco, compram chopp de barril. A gente assiste o jogo unidos, um falando mais merda que o outro, irritando aquele que se irrita fácil. Rolam pequenas brigas, muitas piadas. Um gol. E no gol a gente comemora com sinceridade, a gente joga bebês pro alto (sério) e por alguns instantes ali, fica todo mundo feliz. Ah! Sem gol a gente fica feliz também. A Copa é a versão feliz do futebol, sem as tretas do campeonato brasileiro onde irmão não conhece irmão. Na Copa a gente torce pro mesmo time. E tem churrasco. O melhor de tudo é que essa mobilidade, essa união dura por quantos jogos o Brasil jogar. Por isso eu torço pro Brasil. Quanto mais tempo ele fica na Copa, mais Natais a gente tem no ano.

Desabafos do Banho: Ateus

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Eu não entendo porra nenhuma de política. Pra mim esses nomes todos são avenidas. Não sei dizer quem presta, quem não presta. Não sei a diferença entre um senador e um relações públicas. Anulo meu voto (69 confirma) todas as eleições. Por isso eu NÃO OPINO sobre política. E essa é a sementinha da minha revolta com ateus. Não porque eles não acreditam em Deus, em Alá, em Olorum, em Gnomos, que seja. Até aí é um problema deles. Se eles acham que só existe aquilo que a ciência provou, ok. É engraçado que pouco tempo atrás descobriu-se um tipo de camarão que vive nas profundezas do oceano (cerca de 481 milhões de km). É um tipo de camarão que a ciência não tinha conhecimento. OU SEJA, ELE NÃO EXISTIA., NÉ? Mas tudo bem. O que eu fico putíssima é o cara não entender, não conhecer, não estudar, não freqüentar nada e vir falar bosta. Baseando suas ditas opiniões naquela espécie de censo comum que todos eles têm. Falam que a religião prega uma coisa e as pessoas se dizem religiosas mas num f

Os Uniformes

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Desde que eu era bem pequena eu tinha um prazer incomum em relação a uniformes. Acho que é meio que culpa do SESI porque a gente tinha um uniforme igual de todas as escolas: azul com listras brancas. Mas um dia ele mudou. Ficou preto com uma listra vermelha e uma branca. HOW COOL IS THAT? Eu amava meu uniforme diferente, ele era lindo. Sentia orgulho de usar, dormia com ele. Aí eu cresci e fui pra GV que tinha o uniforme mais simples do mundo. Mas o estrago já estava feito. Amava colocar avental pras aulas de química no laboratório. Amei trabalhar na cultura quando eles trocaram a polo horrenda por uma camiseta animal e um blusão sensacional. Acho que tem muito a ver com a praticidade. Eu tenho uma preguiça filhadaputa pra escolher roupa, o que me leva ao look básico de calça jeans, babylook e um blusão. Sempre. De casamentos até caminhadas na praia, mesma roupa. E não há sensação mais linda do que acordar de manhã e já saber o que vestir. Nada me deixa mais feliz do que encontrar seus

As Lições

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Todo mundo fala que eu não tenho que me arrepender das decisões que eu tomei e que tudo que acontece serve pra gente tirar lições. Jóia. É um pouco difícil não pensar em arrependimento quando eu lembro que poderia estar no caribe mas ao invés disso eu estou baixando Dexter com os pézinhos congelando. Mas identificar a lição foi fácil: eu sou meio imbecil. Não, amigos, eu não estou numas de auto-flagelação moral. Também não estou pedindo confete. É sério, a lição é que eu sou meio imbecil. Porque de uns tempos pra cá eu vinha acertando no mosquito em cada decisão que eu tomava. Eu fui ficando confiante, achando que cada pensamento que me surgia era a verdade absoluta. Largar o Liberty me fez entender que não é assim, que eu não me conheço tão bem e que os conselhos que as pessoas dão podem fazer sentido. Também aprendi a não assinar nada enquanto estou chorando. E essas lições me dão confiança - aí sim - pra seguir em frente, embarcar de novo e encarar os cus que a vida joga na nossa fr

As Cidades

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Sempre quis escrever um livro que falasse das cidades que eu conheci. Eu ficava imaginando que eu ia trabalhar no Visions of the Seas e visitar 30 cidades diferentes na Europa. Comprei até um moleskine na esperança de faz um hand job bem feito. E pensando bem, é engraçado e irônico que de todas as cidades maravilhosas que eu conheci, nenhuma fica na Europa. De qualquer forma, resolvi fazer um post sobre elas. Todas elas. As cidades que eu conheci brincando de trabalhar. Águas de Lindóia - São Paulo Tudo bem, eu já conhecia Águas de Lindóia antes de virar recreadora. Mas foi só quando eu comecei a trablhar lá que eu realmente conheci a cidade profundamente. Cada canto, cada detalhe. Águas é uma cidade sensacional. A violência se limita aos que mijam em lugares não apropriados e aos que socam espelhos de carros sem motivo aparente. Você pode ir com a sua família porque é bonito, tem vários lugares pra conhecer e é tudo bem tranqüilo. Ou você pode ir com a sua galera porque é bonito, tem