Maldição Jagger

Sociologicamente é interessante observar os efeitos que o Brasil perdendo na Copa do Mundo tem. Algumas pessoas rezam e torcem a a camisa até o último segundo e ainda ficam um tempo sem acreditar (eu). Outras já põe aquela pose de ainda bem, agora o Brasil volta a trabalhar como se não sentisse nem um tiquinho de tristeza (meu pai). Outros levantam e vão fazer o almoço porque né? (minha mãe).
Os comentários são dos mais sentidos aos mais debochados. Falemos mal do Dunga, falemos mal do juíz, falemos mal da Holanda. Falemos mal até do Mick Jagger que é a razão real incontestável da nossa derrota. Mas por favor, não falem dos jogadores.
A gente perdeu, a gente saiu. Mas vocês têm que concordar comigo que não foi o vexame de 98. Não foi feio, não foi desonroso. Os caras ficaram perdidos em campo, desesperados. Como eu e vocês ficaríamos também. A seleção entrou em choque junto com o país todo. Desculpa aê se a gente não é japonês sangue frio. Pra mim, Brasil perdeu bonito e pode vir pra casa que eu vou no aeroporto aplaudir (não).
Me revoltou a Holanda jogando esse futebolzinho de merda e cagado, pulando cada vez que via um brasileiro. Me revoltou o juíz que trocava idéia a cada lance. Me revoltou a grama plantada na areia. Tá, mentira. A grama tem nada com isso não.
E não vem você dizer que a Holanda blá blá blá Laranja Mecânica blá blá blá que essa porra jogou bem em 74, depois nunca mais jogou bola, nunca ganhou um caralho de uma copa e está pra mim assim como a Argentina está pra vocês: abaixo do verme do cocô do cavalo do guarda.
E falando em Argentina: a esperança continua. Vamos, hermanos, vinga a gente na final!