magrela

Como eu poderia saber, magrela, da sua importância sublime pra mim? Quem diria que você não era só minha parça de manter o peso, quem diria que você não era só meu não-pagar-busão, quem diria que você era mais que estacionar em qualquer canto? Eu não sabia. Não sabia do tamanho do pedaço de mim que aquele moço levou, bem maior que o celular. Todo mundo fala que bom que foi só bem material mas o moço me levou a segurança de estar com você, me deixou sob ameaça constante de te perder. Então eu já deveria saber. Só pelo tamanho da ameaça, só pela sombra. Eu deveria imaginar.
Mas hoje eu entendi, magrela, que eu preciso mais de você do que eu pensava. Ficar sem você me faz pior. A gente não pode se separar não, eu preciso estar com você apesar do medo. Até porque o medo é uma besteira, nada é pra sempre mesmo, né? Melhor que  a gente curta essa parceria mágica que me faz tão bem, mesmo que isso signifique que eu tenha que evitar umas ruas escuras de vez em quando. Faz parte.