cold water

A manhã dessa terça-feira cinza se iniciou 15 minutos depois do que deveria, causando reboliço e agitação na residência dos Barbosa. Logo cedo. A chuva fininha e gelada caindo no rosto daqula que nada tem de tecido adiposo é quase a morte. E lá vem o ônibus. E lá vêm as pessoas de baixo poder aquisitivo e nenhuma educação. Empurra daqui, empurra dali e todos entram no coletivo como se ele estivesse indo para o paraíso. Mas não, era só para o Terminal Santo Amaro. Já dentro do confortável veículo novo, o comportamento antropológico desta, digamos, raça é selvagem e burro. Duas mulheres em pé. Uma quer passar mais para o fundo (provando a minha teoria de que não interessa o quão pra trás eles estejam, sempre querem ir mais para o fundo) e não consegue por causa da outra mulher. Esta então se vê no direito de empurrar a primeira que, sem ter muito o que fazer, deixa-se empurrar. E vaga um lugar na frente da empurrada. No corredor. Imediatamente, a pessoa da janela passa para o corredor, dificultando mais a vida daquela que já foi tão prejudicada nesses 2 últimos minutos. Com dificuldade, ela senta na janela. E exatamente 12 segundos depois, a mulher do corredor levanta e desce. E eu me pergunto: por que não levantou antes, sua vaca?

E agora a moda é trabalhar com medo. Estou há 7 meses lá e já presenciei 3 assaltos, sendo que o último envolveu sangue e desespero de um moço tão bonzinho. Em 7 meses, três assaltos. Imagine em 70 anos! Haha! Meu treinamento envolvia o que fazer em caso de ameaça de bomba, assalto, incêndio e em caso de alguém nos manter como refém. Eu achei engraçado no começo. Agora não acho mais.

Ah sim! O papa está no Brasil. And so am I.