superjerk and the kinky princess

As coisas que a gente gosta na nossa infância se invertem quando a gente cresce. As meninas gostam de princesas e os meninos gostam de super-heróis. Mas aí quando os meninos crescem, são eles que gostam de princesas. No plural. Porque a Bela é maravilhosa e inteligente, canta bem e aguenta animalidades de um cara como ninguém. Mas não é loira.
"You could put a blonde wig on a hot water heater and some dude would try to fuck it." 
Tina Fey
Por isso existe essa má interpretação do comportamento masculino. Mas se analisarmos do ponto de vista psico-doido, percebemos que não passa de uma realização tardia que eles buscam de ser o príncipe de todas as princesas (e das stepsister tudo). Tadinhos.
A mesma coisa acontece com as meninas, que viram mulheres em busca de super-heróis poderosos, ricos e cheios de músculos. Fortes, destemidos, surpreendentes e que possam voar, que nem o Christian Grey. Mas que só encontram esse monte de príncipezinho fazendo arrastão de boneca no cavalo branco.
Só que na verdade a sua princesa é uma chata, né? E você se vê preso em uma torre alta de um castelo majestoso querendo se enforcar nessas tranças douradas ou encomendar uma dúzia de maçãs daquelas. Era tudo conto de fadas, menino, a vida não é assim não. Mas tudo bem, isso passa, relaxa.
Problema mesmo é achar o tal super-herói com seus super-poderes. Porque eu achei eventualmente, em uma curva da vida. Só que as coisas não têm saído conforme o planejado, sonhado e idealizado. Como tudo nessa vida, aliás. 



Meu super-herói tem o poder do carisma hipnotizante e o sorriso horizontador. Ele se utiliza de uma coisa meio que Dhalsim do Street-Fighter (porque não é possível!) e com isso anula a gravidade ao redor. E por falar em gravidade, a aerodinâmica do design me faz crer que nada impede que ele voe. 
Mas o poder mais poderoso é a invisibilidade, que faz ele sumir da face da Terra durante meses e mesmo assim continuar aqui do meu lado, apertando meu coração cada vez que um inimigo se aproxima, só pra me lembrar que eu não sou princesa de mais ninguém.