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tpm e outros desastres

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A Tensão Pré Menstrual é um estado negativo de espírito. Este fenômeno mensal tem efeitos particulares em cada mulher e, no entanto, consiste de alguns pontos comuns à todas. A vontade de matar, por exemplo, é uma dessas características compartilhadas. Em mim a TPM se manifesta somente durante os momentos de conforto e liberdade. Isso quer dizer que se eu estiver condicionada à uma atividade ou dever, ela acaba se comportando de forma discreta, abalando somente a área do meu pensamento. No entanto, assim que eu me encontro em alguma situação de folga, off-duty, fim do dia ou coisa assim, o monstro acorda de sua latência temporária. E aí sim, amigos, eu fico brava. Extremamente brava. Tudo passa a me irritar de uma forma que é irritante ver que não irrita os outros de igual maneira. E a tristeza que segue a euforia do ódio é uma tristeza inexplicável, profunda e doentia. Vontade de chorar pelas razões mais... mais... óbvias! Não sei como eu não sinto vontade de chorar nos outros dias, t...

evolução e a lâmpada

Cuidado com as afirmações muito afirmativas que você faz sobre si. A partir do momento que você conclui sua auto-definição de caráter você desiste de mudar, de evoluir. E a gente é que nem pokemón, bróder, a gente tem que evoluir. Se não enjoa. O mundo enjoa. Da gente. Digo isso porque tem aquelas pessoas que falam ah, eu falo tudo que vem à mente mesmo e tal. Que lindo, né? A transparência é poética. Mas quando as pessoas dizem isso, acontece uma das duas coisas: ou é hipocrisia e num falam é porra nenhuma na cara de ninguém ou falam mesmo, falam sem pensar e falam merda. Para essa última situação eu digo o seguinte: você pode vomitar as coisas na cara a qualquer momento mesmo mas aí agüente o resultado. Porque nem todo mundo ~fala na cara~ e tem gente que não respondo, que finjo que não ouvi. Tem gente que engulo em nome da educação e, sinceramente, da preguiça de argumentar qualquer coisa. Mas essas pessoas que não digo nada podem ter outras formas de demonstrar o quanto foram afe...

o terror do domingo

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É exatamente isso que eu temo que me aconteça para o resto da vida: o temor do domingo. Esse mesmo desespero que eu sinto agora, a cada hora do final de semana que passa. O medo, a tristeza. A segunda-feira vem aí. Estou trabalhando no Salão do Livro de Guarulhos que começou ontem e vai até o final da semana que vem. Eu só trabalho nos dias de semana, 14h por dia. Isso quer dizer que eu vivi uma sexta-feira de ordinary worker e vou viver uma semana inteira as sim: trabalhando. Acordando cedo, dependendo de transporte coletivo e não agüentando as pernas. Por isso cada segundo que passa e me deixa mais perto da segunda, eu sofro. Você deve estar me achando uma grande babaca neste momento. Porque você provavelmente trabalha há anos neste mesmo esquema e eu estou aqui dramatizando 6 dias de vida real - mas eu sou eu, você é você. E você quer isso pra sua vida, eu não quero isso pra minha. Esse não é o tipo de sofrimento que eu quero. Porque desejar uma vida utópica e livre de problemas é a...

galera

O ser humano depende de suas relações, das pessoas com quem ele convive. Eu compreendo e aceito esta condição de existência. Proponho, no entanto, que este tipo de socialização não seja permitida em locais públicos. Para o bem maior da humanidade. Ou seja, galeras não deveriam ser permitidas nos cinemas. É sério, as pessoas, de modo geral, operam em um grau elevadíssimo de babaquice quando em galera . E essa realidade cresce de modo inversamente proporcional ao nível cultural dos participantes. Eu mesma, por exemplo, fico insuportável quando estou com a minha galerinha. Porém, quando o filme começa, até eu calo a boca. Eles não. E aí as pessoas vão se irritando profundamente. Se eu fosse promotora, revisaria inclusive o caso do mano que saiu atirando no povo no cinema. Porque se eu tivesse uma arma hoje, amigos, eu saía no jornal amanhã. *momento diná* Pra você que lembrou do iPod, eu usei. A metralhadora.

tomá no cu!

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Eu acho lindo o discurso, o apelo à fidelidade. Um grito de sanidade em meio à geada sentimental que esse mundo vive. As pessoas não se amam mais . Belíssimo! Fôssemos nós americanos, eu diria que isso veio da Oprah. Mas não somos, isso veio do senso ignorante comum. Porque até que você viva uma situação, você não tem poderes de emitir uma opinião válida. Até que você saiba realmente o que significa passar por um momento de carência, você não pode meter o dedinho na cara de ninguém. Porque no seu mundão vasto, cujas fronteiras vão até onde o EMTU passar, um momento de carência é quando toca aquela música nova do Belo na rádio e você se sente sozinha. Carência, minha filha, é olhar para os lados e não ver um só rosto familiar. É lembrar de toda a sua história e, de repente, nenhum dos personagens dela se encontram em cena. E você não tem com quem falar, não tem como falar. Isso é um momento de carência verdadeiro e nesse momento, o afeto que vem de toda e qualquer fonte é o mais importa...

appeal denied

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So I heard that everything happens for a reason. You said that so many times in order to make me believe, didn't you? You all did. But so far it was nearly impossible to accept stupidness can be justified in the name of destiny. Like it was something that I was supposed to go through: my own mistakes. A mistake so huge that made all my other mistakes look cute. I think it was my first big irreparable mistake. But then again, after a year sucking up this eternal bitterness, I think I have come to a honest conclusion: things does happen for a reason. Took me 8 months to meet and greet the reasons. To go out and drink, to laught my ass off with the reasons. I even had sex with the fucking reasons. Reasons so meaningful to me, so trully awsome that my Inbox looked disappointed with my couldn't care less attitude. I cannot ever be rehired by Royal and I don't give a rat's ass anymore.

santa muerte

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De todos os sonhos que eu tenho e fico extremamente feliz de acordar, o de hoje foi de longe o pior. O mais tenso. Normalmente nessas situações eu sonho que briguei com alguém que eu gosto muito e acordo aliviada. Hoje eu sonhei que eu ia morrer.Eu não tinha nenhuma doença, eu não ia sofrer nenhum acidente. Eu simplesmente fui informada que ao final do dia eu ia dormir e não ia mais acordar. E aí comecei a chorar desesperadamente porque eu não queria morrer de jeito nenhum. As pessoas não pareciam tão tristes como se imagina que elas ficariam. Elas tentavam me consolar, como se eu não quisesse mudar de escola, sabe? Mas eu não queria morrer. Me deram um formulário para preencher como eu gostaria de ser cortada para ser enterrada, sei lá. E tinha a opção 'doar órgãos' e eu assinalei, falei pro moço (que moço é esse?) que podia levar todos meus órgãos sim, pelo menos isso. Mas eu me sentia bem, eu não tava numas de morrer. Aí eu avisei ele. - Moço, na boa. Eu tô bem, eu não vou m...