liberdade dos mares

Eu não poderia querer uma analogia melhor, quase um trocadilho de Deus. Certeza que Ele tá com a mãozinha assim todo bonachão. Ê Deus, quase que Cê me engana. Hehe.
Sim, porque eu estive presa esse tempo todo. Presa num corpo que não é o meu, presa numa rotina que não é a minha, presa em remédios que não são meus. Eu estava presa em um lugar que não tinha bebida nem samba, que não tinha paz. Eu estava presa numa condição que preocupava todo mundo. Mas era só esse o lado ruim. E eu tive a felicidade de descobrir o lado bom que é a família e a fé. A fé na família, a fé que a família teve em mim, por mim. Foi a fé. E a família, que não consiste só naqueles nego que parecem comigo, que têm o mesmo sangue. Família é toda aquela gente que me ama de verdade.
E é por isso que eu me recuso a me referir à época que passou como uma época ruim. Foi difícil, foi tensa, foi foda, mas não foi ruim. Tipo a fase do chefão saca? Que a gente sua frio, que o coração dispara de medo e tal. Mas aí a gente passa e é só alegria. A gente passa e aí estamos livres.
Liberdade.
Of the Seas.