we will never say bye bye

Talvez seja culpa da minha criação porque eu tenho uma família de assumidos teimosos. Metade do meu sangue é espanhol e eu sou de áries. Então eu sou teimosa mesmo.
A vida foi bem carinhosa comigo até hoje e apesar de eu ter me esforçado para chegar onde eu cheguei (onde?), eu sempre tive cama quentinha me esperando, comida pronta e roupa lavada. Só vi a morte uma vez e as minhas maiores dores são dores de amor não-correspondido. Nunca passei fome, nunca fugi de casa, nunca apanhei na rua. E eu adoro desenho animado, adoro livros infantis e adoro brincar de lego. Fora que eu tenho só 20 aninhos. Então eu sou criança mesmo.
Tenho sangue quente e um mecanismo dentro do meu esôfago que faz com que eu vomite todas as palavras que passam pela minha cabeça. Eu não tenho filtro, não sei parar e pensar pra falar, não raciocino antes de qualquer ação. Fiz um monte de burrada na vida, continuo fazendo uma nova a cada dia e todo mundo sabe disso. Então eu sou burra mesmo.
Sabe Deus porquê mas eu gosto mais de um abraço do que de lasanha. Gosto mais de conversar do que de ganhar dinheiro. Prefiro jogar tranca do que ir pra balada. Prefiro ganhar uma carta do que um carro. Então eu sou carente mesmo. Mesmo.

Mas não tem nada nesse planeta que eu não faria por um amigo. Não tem nada que eu não jogasse pro alto pra ajudar um amigo. Nada é mais importante pra mim do que um amigo. E não tem nada que eu ame mais nessa vida que um amigo.
Por isso desculpa pela teimosia, pela criancisse, pelas burradas e pela carência. Não é por mal. Não me larga não.