sobre o paradoxo da comunicação

Eu queria falar sobre a injustiça paradoxal da comunicação. Porque dizem os psicólogos e massagistas que a gente não deve guardar nada no peito e que a comunicação é a chave das relações humanas. Mas essas pessoas que dizem isso não conhecem as minhas relacões humanas, obviamente. Porque nas situações que eu vivencio, comunicação é a chave do estrangulamento.
Quando um cocô aparece eu sempre penso no clichê: será que eu devo falar? Me comunicar? Mais que rapidamente ataca a esquizofrenia e eu penso que não, que se eu tiro uma coisa do meu peito vai direto nos nervos alheios. Abafa, esquece, sorri e acena.
Daí começa a crescer a bola de mágoa. Cês já passaram por isso? É físico mesmo. Quando você engole uma mágoa sabor limão ela para exatamente na entrada do pulmão. Naquela mesma região que ventila no evento de liberação de adrenalina. Aquela que murcha quando a gente bota pra chorar.
E fica assim o paradoxo: comunicar alivia mas causa treta que vira mágoa. Não comunicar vira direto mágoa.
Conclusão: quando um cocô aparece, descarrega no blog e hope for the best.
Rimou!