mami makes the world go around

Ontem foi aniversário da mamãe. De 50 anos.
Um puta acontecimento! Porque né gente, se eu piro com aniversários de 21 anos só porque fazer 21 quer dizer ter vinte-e-poucos, imagina a pessoa chegando no meio século!
E faz uns dois anos (sério) que ela planeja a festa mais legal do planeta. Que, pra minha mãe, consiste em chamar todos os primos e estar com um cabelo bonito. E foi isso mesmo, família em peso, ai que saudade, como você tá linda/gorda/alta. Minha tia fez um vídeo com fotos e aquela coisa toda, sabe? Todos choram. Foi lindo! Mami ficou feliz e gente, ela merece!
Eu sei que toda mãe é foda mas a minha é mais, com o perdão das demais mães. Ela é um estilo único de mãe que ama e cuida dos seus filhos mas não com palavras de amor e cuidado, zoando eles. A gente sempre foi zuado aqui em casa. Quando eu era neném, nem sabia me defender, mamãe me chamava de remelenta, devido ao alto trânsito de meleca no meu nariz, fenômeno que podemos observar até hoje. Meu irmão era um saco de batata. Meio mongo, aquelas crianças que tropeçam, caem e ao invés de chorar, dormem. Mami zoa ele também por isso.
Assim começou a formação do nosso caráter e além de divertido, é um jeito eficaz de se educar. A gente vingou, vai? Universitários, trabalhadores, inteligentes (alô auto-escola!).
E aprendemos a amar assim também, quando se trata de família. A gente ama INCONDICIONALMENTE nossa mãe, mas nunca desligamos o telefone falando 'tchau, beijo, te amo!'. Seria estranho. Ela perguntaria que drogas tomamos ou quanto de dinheiro estamos precisando. A gente não se abraça muito, não temos olhares, não nos apoiamos. A gente só se zoa mesmo. Mas eu não viveria sem mamãe.
Por isso deixo registrado aqui, caso Deus não tenha escutado minhas preces mas leia meu blog, que eu desejo tudo de melhor mesmo pra mami. Porque ela é a pessoa que eu mais amo no mundo. Tá Deus?
Então tá.
Beijo. Te amo. Te ligo.