the mosquito issue

A luz do meu quarto queimou. E são três spots, uma já tinha queimado há tempos. Só resta mais uma. De qualquer forma, isso quer dizer que o ambiente está meio escuro, quase impossível de se avistar um pernilongo voando em meio às madeiras dos armários e estantes. Eles se aproveitam disso, me picam sem eu perceber.

E fazem um bom trabalho, sugando um pouco do meu sangue de forma quase que imperceptível. That's the thing: eu passo grande parte do tempo sem me incomodar com essa sugação venenosa. Mas inconscientemente eu sei que ele tá lá injetando qualquer merda em mim, que não vai me deixar esquecer que ele esteve por aqui. E por mais que eu tente formas de tirar esse filhdaputinha de perto de mim, ele sempre volta. Durante o inverno você não vê um pernilongo sequer. Por meses. Mas ele sempre volta pra me mostrar que a vida não é assim tão simples. E cada coçada me lembra da minha impotência em relação às casualidades que uma luz queimada me traz.
Uma picadinha e olha a merda...