call me amy

Meu coração é um besta de pai e mãe. Vem de origem tonta, foi criado num ambiente bobo e agora tá aí só na babaquice. Se abre todo pra qualquer coisa, parece uma puta. A gente gosta do mesmo sabor de miojo? Meu coração te ama. Assim fácil, assim simples. E o pior, é sincero. Porque no primeiro sorriso forçado ele já bate esquisito e eu não consigo mais.
Aí quando começou essa coisa de Disney, o bicho chegava que tava obeso de tão alimentado. Cada vez que o Mickey aparecia, cada sorriso de uma criança pra Branca de Neve, cada beijinho que eu ganhava do Stitch, cada bobeira era um choro. E o álcool catalisava, eu amava demais. Pra sempre.



Tudo bem que todo gordinho pede bullying, mas acho que passou-se um pouco dos limites. A culpa é minha dele de ter amado tanto sem nem um background check nessas amizades loucas e estrangeiras aí né? Mas a queda foi feia, doeu bastante. Mais do que eu poderia explicar pra vocês que têm corações normais de gente normal. 
Agora eu já xinguei em tudo que é língua, contei a história até pro taxista que me levou pro aeroporto, demonstrei toda minha raiva que nem nunca existiu de várias formas. Mas a real mesmo é que eu fiquei triste e me sinto uma cretina de ter ficado triste.
Mais cretina ainda eu me sinto com a conclusão disso tudo: eu quero perdoar. Mas ela nunca nem pediu desculpas!
Gordo bobo.