to get over

Primeiro, tenha paciência com os clichês. A bondade das pessas às vezes pode ser inversamente proporcional à sua criatividade, daí os clichês. E sabe, também não custa nada prestar atenção neles de vez em quando. São verdades repetidas muitas vezes.
Agora entenda que não é fácil, nunca foi fácil, nunca será fácil. Nossa vida se ajusta quando a gente ama alguém e tudo remete ao amor. É a beleza de se amar. Por isso fica tão difícil quando a gente tem que esquecer, porque a gente precisa desajustar tudo, zerar, ctrl+a e delete. Pra poder começar de novo.
A dor na verdade é só o jeito que a espera entre um amor e outro se expressa. Dói ter que esperar, descobrir ou inventar um novo amor. Dói não ter quem amar assim, dói porque a gente quer amar de qualquer jeito e nos é negado esse direito por um tempo. Mas é só um tempo. Eu prometo que é só um tempo até começar tudo de novo: as risadinhas, o frio na barriga. De vez em quando é pela mesma pessoa. De vez em quando não.
Durante esse tempo que dói tanto, é bom mudar os hábitos. Por isso dizem que a gente tem que beber pra esquecer: é beber pra curtir o tempo livre, o tempo sem amor. Amando os amigos, amando a família, amando aquelas outras coisas. E é só por um tempo.
Eu prometo Nat, é só por um tempo.