Blue Valentine

Há um tempo eu comecei a pensar em escrever alguma coisa que durasse mais de 30 linhas, que tivesse algum tipo de continuidade, meio e fim. Não sei se um livro ou um conto (taí uma palavra que meu cérebro se nega em não relacionar com erótico), mas algo do tipo. Uma historinha.
Essa historinha, no entanto, diferenciaria da grandessíssima maioria de historinhas por conter nada além da realidade, coisas que de fato existam, acontecimentos que acontecem e um retrato fiel de personalidades, de como as pessoas realmente são. E assim a minha historinha conquistaria milhões e eu ficaria rica. Mentira. Mas achei de fato que as pessoas gostariam de ler a little more realidade e little less conto de fadas. Errei. Feio.

Nem cheguei a escrever nada não, mas assisti o filme de um cara que deve ter tido a mesma ideia babaca de mostrar o amor e os relacionamentos como eles realmente acontecem. Blue Valentine, o filme que vai te fazer matar qualquer tipo de esperança de felicidade em uma vida a dois. E eu, do alto de minha hipocrisia, quis morrer de micose quando vi final. Ninguém não quer ver realidade nenhuma não, mermão! A gente quer ver coisa boa, a gente quer ter no que se inspirar. E assim morre minha historinha, que vai renascer com unicórnios e fada do dente e um pouquinho de cocaína pra fazer sentido a porra toda.
Aguardem. What choice do you have?


E agora que eu acabei esse, Samara, me diz: foi general reclamation, devoção à amiga da vez ou sofrimento por um amor platônico nunca nunca correspondido? :D
(Não é nenhum e ficou uma bosta, cretina. Me deixa!)