mais abstrato que o todo

Eu li um livro que não é um livro, é um sonho. Um sonho meu ou seu mas principalmente dele. E ele mentiu pra mim quando me falou do livro, mente pra você na introdução também. Porque essa história é a histórias de muitas histórias, mas não de qualquer história. Da minha, sim. Mas não é qualquer história não. Nem é uma história qualquer. Comigo, eu era ele e ele era ela e as razões dele - como as dela - são plausíveis, compreensíveis e abdolutamente insuportáveis. Mas eu, assim como você ele não me arrependo de uma só linha, revivo também cada verso bonito.
O livro me deixa escolher um futuro pra essas personagens que não existem. O problema é que o futuro delas começa no começo e não só agora. Fica difícil pensar muito criativamente em qualquer final que não seja a triste continuação do presente.
Falta coragem pra mudar esse futuro, amigo. Uma coragem que me sobraria, tivesse minha mensagem sido respondida depois de semanas silenciosas. Porque nesse enredo descrito, tudo gira em torno do principal, do sentimento. É isso que importa, é isso que comanda sua vida. E a vida imita a arte, falta coragem na arte assim como falta coragem na vida.
Sorri do começo ao fim, me emocionei verdadeiramente como há muito não acontecia. Porque além de me ver ali, de descobrir uma alma gêmea em morte e vida, severino, enxerguei o mais puro amor. E esse amor eu compartilho (em quantidade, não em tipo) e me senti acompanhada na missão de querer bem. Gostei do livro quando brinquei de ser ele e gostei mais ainda de ler essa história pelo lado de fora.
Conte com o meu apoio em todos os lugares que esses seus pequenos passos te levarem. Mas não esqueça que a grandiosidade do amor pode se perder e talvez você precise de grandes saltos para ter completo seu todo.