dream a little dream with me

Eu tenho essa coisa com sonhos, eles são aliados da minha sanidade, são o canal de comunicação entre a pontinha do iceberg e todo o resto do gelo. Porque eu às vezes me perco na minha própria realidade e o sonho vem pra me lembrar o que está valendo e o que já passou. Ok, começei o post que nem aquela mina, mas leia de novo que faz um pouco de sentido.
Pense que eu não tenho muitas coisas pra pensar durante o dia e que eu converso muito com a minha própria cabeça. O ser humano, nessas condições, começa a perder a noção de futuro, de metas e de objetivos. Fico tipo uma alcóolatra vivendo um dia de cada vez. Futuro pra mim é a próxima refeição, meta pra mim é escrever duas páginas do meu so called livro por dia e objetivo é estar em casa pra assistir will & grace. Perceba o grau de importância das coisas que ocupam o meu pensamento. O mais perto de drama da vida real que eu chego é quando eu me pergunto quando é será que eu vou sarar de vez, porque em algum lugar de mim resta a esperança de voltar a ser a morcega que eu era assim que eu sarar. E o sonho?
Bom, o sonho é que me lembra das minhas saudades. Eu acordo com saudades das pessoas porque durante a noite eu sonho exatamente com as coisas que eu preciso sonhar. Conforme o dia passa eu já vou esquecendo o que sonhei, assim como conforme os dias passam os sonhos parecem que vão acabar porque eu vou perdendo esses sentimentos num esquema de fade to black sabe?
Confesso que tenho até um pouco de medo de voltar pro turbilhão que é a vida de verdade, porque aqui na minha casa, da cama pro pc, do pc pro sofá, eu tô bem segura. E o que eu quis dizer com esse post é que eu sonhei várias vezes que estava dando aqueles pegas e ah, suspirei.