control-zê

A vida não tem control-zê, para a infelicidade geral das mentes errôneas que vagam pelo mundo sem a menor noção do que seja ponderar. Nada que é feito pode ser desfeito e isso, na verdade, é uma coisa boa. A gente faz coisas que vêm com um arrependimento imediato gratuito. E se houvesse a opção desfazer, a gente desfaria. Automaticamente excluindo o tempero de espontaneidade da nossa existência. But then again, a gente desfaria coisas que efetivamente fez, né? Control-zê não ajudaria nada no amor.
Vai desfazer o quê, nega? A parte que você olhou pra ele? Passaria um mês de olhos fechados? Ou não abriria a porta? Não subiria as escadas? Para daí não ter no que pensar antes de dormir? Bela bosta.


Amor a gente não desfaz. Não esquece, não desama. Pelo puro conceito que é amar, porque amar é pra sempre e se deixa de sê-lo, nunca foi. E é, no caso. Até que se prove o contrário.
Mas eu mesma muitas vezes já disse e repito até acreditar que existe um roteador no nosso coração e nós podemos amar de novo. Ao mesmo tempo, sem desamar ninguém. Porque desamar não existe.
Existe não sofrer, existe compreender, existe acreditar que existem mais amores vagando por aí. Dirigindo uma Jaguar, eu espero.
E dentre tantas verdades que eu digo, não se engane. I'm lying. I'm always lying.