#fail

A vontade que eu tenho é de não opinar sobre mais nada. Vontade é uma palavra que aqui quer dizer obrigação imposta pela lei do universo devido aos inúmeros erros de julgamento. Peço perdão se aqui mesmo nesse blog você já leu alguma coisa que te inspirou porque você fez merda. Eu perdi minha licença. Que nem um motorista que perde a carta por fazer cagada demais, eu não deveria opinar.
E nem quero dizer opinar no sentido de debates públicos, política, futebol e religião. Não, não, eu não sei opinar sobre meus próprios gostos e desgostos, os certos e errados.
Eu não sei mais precisar o que eu quero, o que eu preciso. Não sei mais o que é normal e o que é absurdo. Não acerto uma. Estou colocando em questão todas as minhas verdades, tudo que eu achei que era certo e absoluto. Menos a sexualidade. Sempre bom esclarecer, né? Homem, aliás, resume metadinha dos meus problemas. Futuro se ocupa dos outros 50 por cento.
Acho que é culpa dos tipos de livros que eu leio e das pessoas incríveis que eu conheço. Ou pode ser que seja a comida, os astros, o teste do pézinho esquecido. Pode ser qualquer coisa. Essa história de carpe diem, esses comerciais de cartão de crédito. É muito prejuízo pra uma mente sem filtro, sem noção. Porque a poesia da minha existência sempre foi muito bonita, quase cantada. E onde eu estou hoje? Quem eu sou hoje? Pra onde eu estou indo hoje?
Não tenho emprego e se pudesse ter um, nem sei qual eu escolheria. Não sou capaz de decidir um nada, não sou capaz de acertar uma. Não tenho muitos talentos e os que eu tenho não são lá muito espetaculares, né? Ou eu não estaria escrevendo esse fundo do post. Meu time só perde, eu não consigo esquecer ele e ao tentar substituir, merda atrás de merda. No meio da floresta se perdeu meu amor próprio, levou junto a minha sorte. Sorte. Que sem ela, nem nada disso eu teria.
Não fosse eu mesma macumbeira, filha de pai de santo, perguntaria se vocês conhecem algum aí. Porque ó: merda atrás de merda.