Lili

O Francisco é um cara dos mais calmos que você já viu. Boa gente mesmo. E dentre muitas alegrias, os frutos das três vezes que a esposa pariu são as maiores. Três vezes, três belezinhas. E é justamente de uma dessas pessoas que o Globo Repórter de hoje vai retratar.
Lili, como ele chama a filha do meio, é uma pessoa incrivelmente competente em tudo que faz. É inteligente e organizada e não se conforma com a bagunça que é o meu quarto e a minha vida. Não se conforma com o fato de eu não arrumar a minha cama nunca. E ela não se conforma com o meu atraso mental na cozinha. Porque eu não sei cozinhar mas ela sabe e sabe muito bem. Ela não se conforma simplesmente.
Ela anda sempre com uma balinha na bolsa - bolsa grande com um monte de coisa que eu sempre preciso mas nunca sou capaz de carregar. Né Lili? E esse é um dos nosso muitos pontos de atrito, que geram discussões milenares onde eu ouço, penso, dou razão e não mudo. É engraçado, na verdade. Ela é engraçada de um jeitinho meio grosso, sei lá. A gente dá risada, isso que vale.
A Lili sempre escolhe o Alpino na caixa da Nestlé, sempre pega o Confeti na caixa da Lacta. Se dá extremamente bem com o pai e extremamente mal com o ferro de passar. Ela é mucho doida e gosta de mim. O Gui é o preferido, mas ela gosta de mim sim. E eu gosto dela daquele jeito que a gente sabe que gosta mesmo. Coisa que só o status família faz pelo gostar. Gosto pracarai. E tem como não gostar?

=)