minhas saudades: a balada

E pensar que eu já me ouvi dizendo que não trocaria um filminho em casa por uma balada jamais. Eu ando querendo trocar até meu cachorro por uma baladinha que seja esses dias. Tá que eu num sou adepta do psy-trance-groove-house-disco e, pelo menos enquanto os planetas não se alinharem de novo e mudarem todas as minhas opiniões, eu tenho horror a raves. Meu negócio é samba, música ao vivo, pagodinho e até - ora vejam só - sertanejo. Chegar naquele lugar cheio de gente bem melhor vestida que eu (porque eu tenho o dom de errar a roupa - eu arraso nos looks de festa de 2 anos de primo, sabe? mas cago pra sair. impressionante!) e que sabem as músicas e que são bem mais cools que eu. Bem mais cu que eu também, com o perdão da obivedade cômica #gentilifeelings. Aí eu vou até o bar e não preciso pedir muitas coisas não. Meu organismo é bem de pobre mesmo, eu fico chapiscada com a primeira menção de álcool que me adentra. E me torno a pessoa mais sensacional e engraçada que eu conheço. Pra mim, claro. Os outros devem me achar insuportável. Who cares? Eu sinto falta da música que me faz fazer aquela cara de "essa é a minha favorita do mundo" e aí eu canto alto, gritando e abraçando pessoas e dizendo pra elas que eu amo muito todas elas. E eventualmente pegar um garçon que acaba sendo demitido. Garçons e nat, uma sina. Depois eu sempre me vejo indo embora de carona com pessoas agradáveis. Eu normalmente durmo no carro da carona, mostrando assim que eu sou uma filhadaputa que nem pra manter o/a motorista acordado/a serve. Um dia saí da balada e fui de carona pro hotel com um cara chamado Alê. Nunca tinha visto o Alê na vida e nunca lembro de perguntar quem era o Alê e por que ele foi tão amoroso em levar a gente pro hotel. Tinha mais gente comigo, aliás. Só não sei dizer quem. Enfim.Sinto falta de verdade de deitar na cama e não conseguir dormir por um tempo por causa do barulho surdo que ecoa na nossa cabeça quando o mundo pára. E aliás, demora para o mundo parar de girar ou é só comigo? Acredite, eu estou com saudade da ressaca do dia seguinte. E da quantidade enorme de histórias que eu fico com vontade de escrever aqui mas não escrevo por medo de ser presa. Ou julgada pelas mentes desacostumadas e inocentes de vocês.
Uhh, falou a criminosa, né? :)