minhas saudades: a brisa


Você pode lutar com todas as suas forças e talvez até consiga manter tudo que diz nessa vida. Porque, na verdade mesmo, todo mundo sabe o que é certo e o que é errado segundo os padrões da sociedade moderna. Sim, porque até Nietzche que eu odeio falava que o certo e o errado mudam de acordo com a cabeça de cada um. Enfim, você pode andar na linha e tem razão em fazê-lo. Mas, pra mim, nada vale mais que ter história. E se você não fizer nada errado/improvável, não vai ter história. Basta conversar comigo cinco minutos: todas as minhas histórias são do tempo que eu vivia na boemia, chega a encher o saco. É de se perguntar e aí nat? de julho pra cá num aconteceu NADA? Não. Por isso que eu escrevo sobre as minhas saudades.
Voltando à saudade de hoje, a brisa. Porque eu sinto falta da brisa, não do ato, não do perigo do ato, não do cheiro do ato. Algumas pessoas fazem bom uso da ausência parcial da realidade. Quando você é uma pessoa que pensa demais - mesmo que pense besteira - faz bem organizar tudo em outro rítmo, outra batida. E mesmo que não haja nenhuma outra razão que justifique, só de gargalhar sozinha você já muda com o mundo. Não faço apologia não, cada um segue as setinhas que quiser. Mas eu sinto falta da brisa. Do mar. Batendo no rosto, com o céu mais lindo do mundo em cima da cabeça. A lua gordinha, o balancinho. Ajuda qualquer problema sumir, ajuda qualquer drama virar comédia. Aqueles momentos, a brisa. Que saudade.